terça-feira, 27 de dezembro de 2016

AS ESPERANÇAS RENASCEM A CADA ANO!




Poderia ser apenas uma noite a mais
na qual os sonhos invadissem nossas cabeças,
procurassem guarida no mais escondido recanto da alma
e imaginássemos somente coisas boas, nessa noite especial,
na qual o ano atual se extinguiria, para sempre.

E é forte a vontade de que, com ele, as tristezas acabassem,
o sorriso reaparecesse pleno de certezas,
as esperanças fossem se materializando
e tudo voltasse a ser como no tempo em que a gente era feliz,
  descompromissado com a vida que passava.

Mas, cada ANO NOVO, ao mesmo tempo em que ele
abre passagem para essa expectativa desassombrada do NOVO,
também carrega o presságio de que nem sempre é assim
ou quase nunca é assim, sem machucados aparentes e inesperados
por tudo o que pode vir diminuir os anseios de felicidade...

     Tomara que, para o NOVO ANO que vem chegando,
  sejamos capazes de reacender a chama do otimismo,
sem temer experimentar a aflição da espera e da solidão,
cientes de que o bem está onde nós estamos
e é da nossa coragem de que ele se alimenta.

Vamos ao ANO NOVO. Vamos encharcar nossa alma de otimismo,
segurando nas mãos o tempo que caminha
e dele tirando os positivos exemplos que restaram,
nessa aventura de ser gente, criada por Deus para ser feliz,
no lugar onde Ele nos colocou e nos presenteou com um coração!

Que venha o ANO NOVO de 2017.
Estamos prontos!!!

(MARIETA – no limiar de 2017)  

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

FESTEJOS DE NATAL EM FERNANDO DE NORONHA

A chegada dos militares para administrar o Território Federal de Fernando de Noronha, criado em 1942, trouxe para o arquipélago diversos costumes praticados no continente, muitos deles característicos da Região Nordeste.
Esses festejos ganharam uma dimensão nova, com a inclusão de cortejos natalinos com Papai Noel, figuras e danças de Pastoril (folguedo praticado nesse tempo, em quase todos os estados nordestinos), tanto aqueles encenados por crianças e adolescentes, com jornadas singelas e de caráter religioso, como os chamados “Pastoris profanos”, dançados em tablados nas ruas e em horas mais avançadas, pelo seu caráter provocador, quase sempre proibidos. A diferença é que na ilha, somente os pastoris infanto-juvenis seriam permitidos.

Os governadores militares que se seguiam traziam de Alagoas ou de Pernambuco professoras de Pastoril, para ensinar as danças, as músicas, as competições em Fernando de Noronha. E uma das professoras locais – Dona Nanete - acabou tornando-se especialista como Mestra de Pastoril, preparando – a cada ano – o grupo de meninas que subia aos tablados enfeitados para esse fim e atraiam as torcidas que competiam pelo ENCARNADO ou pelo AZUL, coroando, ao final, a MESTRA ou a CONTRA-MESTRA, como a vencedora.

Nessas festividades, o Papai Noel chegava em um “trenó “ improvisado numa carroça puxada a cavalo e outras adaptações eram inventadas para que o Natal  tivesse a participação das famílias que ali viviam, inclusive também dos filhos dos militares em serviço, tanto do Exército (ate 1981) como da Aeronáutica que assumiu, a partir daí, a condução do TFFN.

A imagem aqui mostrada relembra esse tempo passado... Doce memória para adultos de agora, que viveram as alegrias de comemorar o Natal em plenitude lá no meio do oceano!!!    

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

TEMPO DE PASSAGEM




Para isso cada um de nós nasceu:
para viver, para ser feliz,
fazer os outros felizes...
Caminhar desassombrado,
enfrentando obstáculos com coragem.

Construímos pela vida,
a estrada dos nossos sonhos,
alimentando a chama do amor,
a cada novo dia e
em cada nova experiência vivida...

Aos poucos, nossa dedicação
desperta amizades, laços,
e enraizamos a afeição
com tanta força que,
na hora de dizer adeus,

os outros sofrem mais que nós.

Essa partida não tem dia nem hora.
Chega de forma inesperada,
aumentando a dor daqueles que amamos,
que choram por estarmos indo embora
e exteriorizam isso no luto da veste,
nos olhos molhados, na voz embargada...

O único consolo que fica
é a lembrança dos momentos felizes,
partilhados, intensos, amorosos,
marca que guiará os nossos passos,
no caminho que agora seguiremos a sós,
sem aquele que se foi.

Um dia o consolo chega.
Custa, talvez, reencontrá-lo...
E quando ele chega,
forte é a presença irreal daquele que foi,
deixando-nos rastros no coração
e na saudade que não vai morrer nunca,

************
Que ele chegue assim para você,
 ANA CLARA,

é o que peço a Deus que aconteça depressa!


domingo, 18 de dezembro de 2016

NATAIS DE MINHA VIDA



É no tempo do Natal
que as melhores lembranças vão surgindo,

de experiências vividas, de partilhas,
de reencontros, de razões para ser feliz...

É no tempo do Natal
que o nosso coração se enternece,
por tudo aquilo que se constituiu
razão de felicidade e de alegria, em nossa vida...

É no tempo do Natal
Que o coração se renova,
Que bons pensamentos ressurgem
Que as lembranças boas se tornam mais fortes...

É no tempo do Natal
Que a gente tem vontade
De abraçar amigos de todos os tempos
Até mesmo aqueles que estão longe, longe...

É no tempo de Natal
- esse tempo que se aproxima agora -
Que voltamos a dizer, com emoção e ternura:
Que seja feliz o seu Natal – e todos os dias da sua vida!

(Marieta - no Natal de 2016)


 



quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

OLINDA - PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE - 34 ANOS


 “Olinda – Patrimônio Cultural da Humanidade. Declaração do
Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco, em sua sexta sessão,
realizada em Paris, a 14 de dezembro de 1982”.
(Placa descerrada em cerimônia pública, em 21 de março de 1983,
no Alto da Sé, em presença do Delegado Geral da UNESCO,
Mr. Amadou Mahtar M. Bow e do Prefeito Germano Coelho)



OLINDA nasceu e se espalhou a partir do alto dos seus montes, pelas ladeiras de suas sete colinas de sonho. Viveu tempos de fidalguia, de reunir a estudantada que buscava a sabedoria e consolidou-se nas suas igrejas, conventos, mosteiros, escolas, faculdades...

Aqueles que assumiram o seu comando - em todos os tempos - cometeram acertos e erros, nesse desenvolvimento que foi se consolidando, como primeira Capital de Pernambuco. Gente de todas as idades caminharam pelos seus sítios históricos e investiram na valorização dos bens que surgiam de diversas formas, nos seus monumentos, nos seus sabores, nas suas imortais canções, nas ruas laderosas e estreitas, por onde caminharam jovens à procura do saber, seresteiros à luz da lua, carnavalescos na deliciosa profusão do reinado de Momo, religiosos em procissões  seculares, mamulengueiros habilidosos, bandas-de-música... Com o tempo o seu valor foi se consolidando e o o reconhecimento oficial, os títulos honrosos foram se multiplicando... 

Cada vez que uma inscrição é acrescentada à Lista do Patrimônio Mundial, pela qual
 a comunidade internacional reconhece o particular valor de uma maravilha arquitetônica, de um espaço natural, de uma cidade amada por sua beleza,  manifesta, assim, seu desejo de colocá-las sob a proteção da comunidade internacional,
 a UNESCO vê nisso a prova de um destino comum que une cada vez mais todas 
as nações e que permite assim, a todos os povos, de enriquecerem-se 
mutuamente com suas respectivas e mais significativas criações”. 
(Amadou Mahtar M. Bow – Diretor Geral da Unesco – 21.03.1983)

Hoje, 14 de dezembro de 2016, recordamos essas iniciativas sábias e definitivas ocorridas 34 anos atrás, três décadas e meia de confirmação e orgulho. A “muy nobre e sempre leal villa d´Olinda”, do destemido donatário português, Duarte Coelho, a nossa herança e esperança, que não se apagam. Viva!!!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

LEMBRANDO O AVIADOR JEAN MERMOZ...



Em 7 de dezembro de 1936, o piloto francês Jean Mermoz, ás dos ases, desaparecia sobre o Oceano Atlântico, ao realizar sua 25ª. travessia rumo ao Brasil, aos 35 anos. Ele desembarcaria em Natal e o Presidente Getúlio Vargas tencionava condecorá-lo com a Cruz do Sul (o aniversário de Mermoz seria dia 9 de dezembro). Com ele, desapareceu a tripulação do Laté-300 (avião da Compagnie Genèrale Aeropostale, precursora da Air-France), com mais  cinco profissionais da aviação.

Mermoz é, até hoje, uma imagem que inspira jovens pilotos, um exemplo de coragem que se segue na aviação. Muitas homenagens estão sendo prestadas a ele e, a Base Aérea de Florianópolis/SC, tenciona homenageá-lo no próximo sábado dia 10, às 9h30 da manhã, com a reabertura do Monumento aos Pilotos Franceses.

Considerado como um dos maiores pilotos da aviação francesa - talvez o maior de todos eles - Jean Mermoz sofreu num acidente em Fernando e Noronha, em 14 de junho de 1934, quando tentou aterrissar o avião "L´arc-en-ciel" na ilha, ao invés de amerissar no tumultuado mar na ilha, como fazia até então e foi oor essa razão, na época, que o Departamento de Aviação Civil construiu na ilha, a 1ª pista de pouso em do arquipélago. 

Lembramos hoje esse aviador especial, desbravador dos caminhos aéreos que hoje não têm mais segredos nem dificuldades!

Foto: Mermoz conduzido por presos em "palanquim", após o acidente sofrido no arquipélago.