Hoje – dia 24 de abril – seria o seu 78º aniversário... Mas ele se foi tão cedo...
O irrequieto professor de Geografia e Estatística, o
músico múltiplo que dominava tantos instrumentos, o contador de piadas, o
maestro que conduzia um salão inteiro de danças, o irmão tão querido, foi
alegrar as “festas“ no céu, certamente.
Sua Orquestra
Tropical, que se apresentava pelos lugares mais diferenciados (inclusive no
exterior, acompanhando os “Voos do Frevo“)
continua sua trajetória, pelas mãos do filho, Sérgio Borges. Músicos que o
acompanharam por décadas seguem sua vidas, continuando a fazer isto que ele tanto
amava: MÚSICA. E, em todos, está a
lembrança daquele ser iluminado, que dominava vários instrumentos e que iniciou
esse caminho aos seis anos, quando ganhou o seu 1º violino, “pequeninho“,
como pediu de presente ao padrinho de Batismo. Nunca mais parou.
Era comum vê-lo nas festas carnavalescas dos clubes
recifenses. Era comum vê-lo “esperando o
Galo”, no palco da ponte Duarte Coelho. Era comum vê-lo nas Igrejas,
tocando Missas, Casamentos, Recepções... Era comum vê-lo sair discretamente da
Igreja de Santa Terezinha, no Derby, quase na hora da Comunhão, para entrar nela
novamente, tocando pela nave uma música religiosa, arrancando lágrimas dos que
participavam da celebração...
Certas pessoas deixam-se ficar naquilo que fizeram
bem, em vida. Com meu irmão foi assim. Por isso é bom lembrá-lo neste dia e agradecer
a Deus a felicidade dele fazer parte da nossa história e na de todos aqueles
que um dia ouviram, aplaudiram e guardaram no coração o inesquecível Fernando Borges, hoje eternizado na Escola Municipal de Frevo que leva o seu nome!
Que saudade!