domingo, 24 de abril de 2016

LEMBRANDO O MAESTRO FERNANDO BORGES


Hoje – dia 24 de abril – seria o seu 78º aniversário... Mas ele se foi tão cedo...
 
O irrequieto professor de Geografia e Estatística, o músico múltiplo que dominava tantos instrumentos, o contador de piadas, o maestro que conduzia um salão inteiro de danças, o irmão tão querido, foi alegrar as “festas no céu, certamente.

Sua Orquestra Tropical, que se apresentava pelos lugares mais diferenciados (inclusive no exterior, acompanhando os “Voos do Frevo“) continua sua trajetória, pelas mãos do filho, Sérgio Borges. Músicos que o acompanharam por décadas seguem sua vidas, continuando a fazer isto que ele tanto amava: MÚSICA. E, em todos, está a lembrança daquele ser iluminado, que dominava vários instrumentos e que iniciou esse caminho aos seis anos, quando ganhou o seu 1º violino, “pequeninho“, como pediu de presente ao padrinho de Batismo. Nunca mais parou.

Era comum vê-lo nas festas carnavalescas dos clubes recifenses. Era comum vê-lo “esperando o Galo”, no palco da ponte Duarte Coelho. Era comum vê-lo nas Igrejas, tocando Missas, Casamentos, Recepções... Era comum vê-lo sair discretamente da Igreja de Santa Terezinha, no Derby, quase na hora da Comunhão, para entrar nela novamente, tocando pela nave uma música religiosa, arrancando lágrimas dos que participavam da celebração...

Certas pessoas deixam-se ficar naquilo que fizeram bem, em vida. Com meu irmão foi assim. Por isso é bom lembrá-lo neste dia e agradecer a Deus a felicidade dele fazer parte da nossa história e na de todos aqueles que um dia ouviram, aplaudiram e guardaram no coração o inesquecível Fernando Borges, hoje eternizado na Escola Municipal de Frevo que leva o seu nome!

Que saudade!    



   

quinta-feira, 14 de abril de 2016

COMO UM ANJO DA GUARDA...



Ela era enérgica, segura e capaz que administrar dificuldades. Do seu tempo de Bandeirante, carregava uma marca que jamais a abandonaria pela vida. Talvez não imaginasse - quando era jovem – que lhe estava destinada a extraordinária missão de ser uma espécie de anjo da guarda de um Profeta verdadeiro, que haveria de orgulhar o seu País e ser amado por todos que dele viessem a se aproximar, seguindo-o de forma incondicional!

A aceitação de um convite inesperado levou-a a ser secretaria desse homem - Dom Helder Camara - o apóstolo do século XX, que a tudo e a todos, pelo mundo afora, falaria de PAZ e JUSTIÇA, tendo-a sempre por perto, como uma vigilante guardiã.

Para ZEZITA (Maria José Duperron) aquela proximidade significou uma missão definitiva, abraçada com o coração. Com ele enfrentou os poderosos, protegendo-o, deflagrando ações que concretizassem seus sonhos iluminados, atraindo outros vocacionados para segui-lo também, até o fim.

Agora, neste abril, ZEZITA se foi... A comunidade helderiana uniu-se em homenagens. Muitos chegaram a externar como deve ter sido bonito o encontro dela com o seu padrezinho, lá no céu, onde se aproximaram novamente...

Hoje seria o dia do seu aniversário (14 de abril). Agora, o silêncio dessa corajosa mulher nos acompanha a todos, que soubemos sempre o quanto ela foi importante para que o Donzinho pudesse ousar tanto e ir tão longe, no seu projeto de igreja solidária e atuante.

Nos nossos corações estão as preces de gratidão a ela, pela sua fidelidade e amor ao Helder que vamos ver - já e já - beatificado e ascendendo aos altares. Obrigado, ZEZITA, pelo zelo e pelo carinho de ter – por tantos anos – tornado mais suave a caminhada de luta de Dom Helder!

Descansa, na paz que mereces viver e dá nossas lembranças ao inesquecível profeta!