quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

UMA DATA NORONHENSE / UM MOMENTO DISTANTE


Em 21 de janeiro de 1957 foi firmado o Acordo entre o Brasil e os Estados Unidos da América, dando aos americanos o direito de se estabelecerem novamente em Fernando de Noronha, por cinco anos, para trabalharem o seu programa de foguetes. Esta seria a 2ª presença americana na ilha, foi durou de 1957 a 1965.e que ocupou e fez surgir a área do Boldró, onde atualmente estão instalados o ICMBio, a Estação de Tratamento de Água e a Usina Tubarão, de energia e o Centro de Visitantes do Tamar.
 
No programa montado, partindo da Flórida (base de lançamento) até a Ilha de Ascensão (no Atlântico Sul), estariam as 12 estações de controle acompanhariam a trajetória dos projéteis. Nesse estudo, a 11ª estação seria a ilha brasileira de Fernando de Noronha, situada na rota dos teleguiados americanos.

Para a assinatura do Acordo, veio a Fernando de Noronha, pela 1ª vez, um Presidente da República: Juscelino Kubitschek de Oliveira que, ao assinar o documento, tomou como testemunhas, três antigos prisioneiros: o ex-preso político comunista Mariano Lucena; o ex-cangaceiro de Lampião, Galo Branco e o ex-preso comum, Luis Almeida.

O POSTO DE OBSERVAÇÃO DE MÍSSEIS TELEGUIADOS. O POT de Fernando de Noronha era o penúltimo dos sistemas, através de 8.000Km e acompanhava o percurso dos projéteis ao longo do percurso, lançados de Patrick Field, no Cabo Canaveral (hoje, Cabo Kennedy), sob a fiscalização do COPRONE (Comissão de Projetos do Nordeste). Para sua operacionalização alguns servidores do TFFN e de outros órgãos públicos foram colocados à disposição do COPRONE, todos Operadores de Rádio-Sonda da Pan-American no território. Tinha a direção geral da Pan American World Airways, que contratou, com a Radio Corporation of America o manejo dos instrumentos e aparelhos eletrônicos, destinados a captar sinais de projéteis ao longo do curso. Noventa (90) americanos e cinquenta e sete (57) brasileiros constituíam o efetivo do POT, de técnicos em eletrônica e radiofonia.

São 58 anos desse momento histórico. Vale a pena recordar!.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

A PRIMEIRA CAPITANIA HEREDITÁRIA DO BRASIL




511 anos acontecia a doação da Capitania de San Joan ao fidalgo Fernan de Loronha,  a primeira das Capitanias do Brasil, doada 30 anos antes que fosse esse regime aqui estabelecido.

A ilha tinha sido abordada em 10 de agosto de 1503, logo após o naufrágio sofrido nas suas proximidades, na qual somente o navegador Américo Vespúcio e suas gentes foram autorizados a buscar socorro, abordando-a e nela se detendo por uns dias, pondo a salvo sua tripulação.

Sendo ele, na expedição, o representante (“Preposto”) de Loronha, que tinha negócios com a coroa portuguesa, para a exploração do pau Brasil, somente ele poderia realizar essa proeza, ainda que naquele momento a expedição - que ficaria conhecida como “2º Expedição Exploradora” da costa Brasileira, capitaneada por Gonçalo Coelho - se houvesse separado, retornando a Portugal fragmentada. 

Passou-se o tempo. Os registro dessa aventura viriam a ser parte da história oficial do Brasil. E em 16 de janeiro de 1504, aquele que havia investido na montagem daquela expedição recebe, por doação do Rei de Portugal, como Capitania, a ilha descoberta, sendo o seu donatário e deixando-a para os seus, como herança.

Pena que nem ele nem os seus descendentes, ao longo dos séculos que se seguiram, jamais viessem sequer conhecê-la, tendo-a apenas como evidência de poder...

Sorte a de todos nós, herdeiros daquele paraíso insular, hoje difundido no mundo e razão de paixões arrebatadoras...