segunda-feira, 27 de outubro de 2014

UMA PRISÃO NO MEIO DO MAR - O IR E VIR DE HOMENS

Foi no final de outubro de 1938 que saiu de Fernando de Noronha a última leva de presos comuns que cumpriam pena na ilha, para que o Presídio Político oficial, criado por Getúlio Vargas, se concretizasse.

O longo Presídio de mais de 200 anos terminava ali. A maioria dos presos voltava para o continente, transferidos para presídios de Pernambuco e da Ilha Grande. Restariam no arquipélago alguns daqueles homens de longas penas, para que continuassem a executar os serviços essenciais, nos quais eram habilitados, como pescadores, agricultores, construtores rudimentares de habitações, etc, etc, etc.

Naquele outubro de 1938 chegavam outros prisioneiros, vindos de lugares diversos do Brasil, a maioria profissionais qualificados nos seus ofícios, todos condenados pelas suas posições políticas e que, na ilha, iriam permanecer por três longos anos. A transformação – do espaço insular e de suas vidas - seria enorme... Aqueles homens politizados, de profissões e saberes diversificados, cedo mostrariam sua extrema boa vontade para servir à população que ficara, organizando-se de forma a oferecer a todos os benefícios da alfabetização, o ensinamento de práticas agrícolas, os cuidados com criações de animais e até aulas rudimentares de idiomas.
 
Tudo isso sugere a lembrança de um outubro distante, quando Pernambuco perdeu a posse secular que tivera sobre o arquipélago, somente recuperada décadas mais tarde, por força da Constituinte, em 1988, que o devolveu aos pernambucanos, por razões históricas. Isto é História!
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Fotos: acervo João Henrique Domingues - 1940
* Alfaiataria do Presídio 
* Desembarque de mercadorias no Porto de Sto. Antônio

sábado, 18 de outubro de 2014

AOS MÉDICOS – COM CARINHO!


 
Em que momento,
no seu coração de criança,
aflorou o sentimento certeiro
que o carregaria para uma profissão
feita de doação e de coragem?

Como esse desejo tão forte
foi se enraizando, sutilmente,
exigindo uma dedicação completa,
para fazer-se capaz de vencê-la,
na plenitude do seu saber e da sua emoção?

Você soube sempre, não soube,
tanto nas brincadeiras que inventava
como nas coisas que procurava  aprender,
fundamentando seu conhecimento,
que haveria de fazer-se MÉDICO, não soube?     

Hoje, maduro e preparado,
a trilha do seu apostolado aí está,
confirmando suas certezas,
alimentando seus sonhos que perduram,
repletos da gratidão de tanta gente...

Hoje, inúmeras são as razões
para a gente dizer, afetuosamente,
no coração e na voz que brada,
que somos gratos e felizes,
porque você se tornou aquilo que queria ser:
um médico!

PARABÉNS! PARABÉNS! PARABÉNS!
E que Deus abençoe suas mãos e o seu saber!

(No dia do médico – 18 de outubro)

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

PROFESSOR


Entrar numa sala de aula.
trazendo nas mãos e no coração
tudo aquilo que pudesse tornar melhor
e mais prazeroso o trabalho a fazer...

Olhar cada um daqueles alunos.
Imaginá-los parte do sonho tão antigo,
materializado em cada novo dia de estar junto
entregando-se à certeza de viver um ideal...

Esse é o verdadeiro PROFESSOR.
Aquele que ajuda tantos a ser gente
e merece as homenagens
neste 15 de outubro,
 DIA DO PROFESSOR!

Abençoado sejas! 

sábado, 4 de outubro de 2014

SÃO FRANCISCO – O SANTO MAIS QUERIDO!




Ele teve tantas dúvidas...
Vacilou, seguiu caminhos adversos
e, um dia, foi tocado pela graça de Deus,
que o sabia guardador  de uma sabedoria imensa
e de virtudes fundamentais ao homem,
para guiar, ajudar, amparar, partilhar
com todos os outros homens.

E ele se fez peregrino da verdade,
arauto do bem, portador da paz,
defensor da justiça e do amor sem medida!

Nada foi obstáculo à sua fé desabrochada.
Nada o seduziu fora dessa entrega absoluta.
Os bens que atraiam a todos nunca estiveram
acima das verdades em que acreditava
e por elas saiu em busca do sonho,
imortalizando-se na pobreza e na força da sua fé.

Santo da contemplação da natureza que o rodeava,
amigo dos animais e dos seres humanos...   
Santo das alvoradas que recriavam a Criação
e das sombras que escondiam doces noites de luas...
Santo dos silêncios carregados de certezas
e de palavras necessárias ao entendimento.

Assim foi Francisco.
Eternamente o santo maior,
que atravessou os séculos como uma luz radiosa,
que jamais perdeu seu brilho...

Assim foi Francisco.
Para sempre a força do exemplo
que empolgou o mundo.

Assim foi Francisco.
O “pobrezinho de Assis” nunca esquecido,
porque legou ao mundo uma riqueza verdadeira,
que se vale do que é puro, belo e bom...

Assim foi Francisco – o santo!