terça-feira, 31 de dezembro de 2013

ULTIMO DIA DO ANO DE 2013


Último dia do ano de 2013. De quantos sonhos ele foi precedido? Que esperanças o alimentaram, na sua chegada? O que meu coração pedia, respeitando as limitações e entraves que poderiam surgir e a vontade de ultrapassar todos os limites e fazê-lo vencedor?  

É sempre assim, não é?... As surpresas pelo caminho podem sugerir vacilos, medos, inseguranças... Mas a coragem de entregar-se à luta é mais forte e nos impulsiona, levando-nos a tentar, ainda que nem sempre dê certo.

Deus me foi generoso, permitindo-me um 2013 de significativas vitórias, pessoais e profissionais. Pequenas conquistas iam surgindo e compondo esse “leque” de afirmativas positivas de ações, cada uma delas um trampolim para o que poderia ainda vir.... Esse mesmo Pai celeste me colocou nas mãos de “anjos” que velaram pela minha saúde (que sofrera alguns “baques” num passado tão próximo) e me mantiveram em luta permanente para conseguir o equilíbrio necessário à vida com qualidade. E me deu a abençoada certeza de reerguer – fisicamente – duas “colunas” fortes, ambas carreando em si uma história buscada em décadas de estudos, agora materializadas de forma definitiva:     
·       * a reinauguração - em maio de 2013 - do Museu MEMORIAL NORONHENSE – Espaço Cultural Américo Vespúcio, na Vila dos Remédios, em Fernando de Noronha, dispondo os saberes noronhenses de forma museal, apresentando-se aos visitantes (os locais e os de fora) com imagens de rara beleza e forte significado;
·         * o re-lançamento – na Fliporto, em Olinda (em novembro) e no Memorial Noronhense, em dezembro - do livro FERNANDO DE NORONHA – CINCO SÉCULOS DE HISTÓRIA, em dez Capítulos, dando-se ao mundo nas filigranas de um tempo que quase sempre restava no poço do esquecimento dos homens e agora se entrega, inteiro, com seus fatos, seus artistas, seus poetas, seus estudiosos de todas as épocas.

Bem-vindo esse tempo que se fez verdade em 2013! Bem-vindas as homenagens que chegaram no rastro desse saber! Bem-vindos os amigos que permaneceram fieis na amizade e os novos que foram surgindo, nessa teia de afetos que cresce! Bem-vindos colaboradores que formaram fileiras para me ajudar a chegar tão longe!    
Tudo está preparado. Vamos adiante, em 2014, alimentando outros sonhos, buscando outros desafios, complementando todo aquilo que ainda precisa melhorar!

Que seja assim o nosso sentimento diante deste Ano Novo que nos acena! Que seja a PAZ o nosso anseio maior! Amém!

      


domingo, 29 de dezembro de 2013

UMA MEDALHA - O QUE FIZ PARA MERECÊ-LA?


 
Por muitos anos estive, voluntariamente, ao lado de Dom Helder Camara, vendo de perto o homem extraordinária que ele era, capaz de surpreendentes atitudes a cada dia, exercitando a beleza de seu coração generoso, a fortaleza de sua fé, o devotamento à sua Igreja, a coragem de ousar e de ser exemplo para o mundo, mesmo que isso fosse absolutamente espontâneo e até incompreendido.

Quanto ele se foi, em 1999, continuei unida a tanta gente que vivia essa mesma disponibilidade, cultuando sua memória, ajudando a preparar celebrações emocionadas, guardando seu ideário, com a certeza de estar diante de alguém que fora santo em vida e, um dia, teria o reconhecimento da sua Igreja, ascendendo aos altares do mundo que também o reverenciava.

Esse momento ainda não chegou. Ele perdura no coração e no desejo de milhares “helderólogos” espalhados por aí, nas homenagens que vão se sucedendo e tomou forma explicativa e museal com a implantação do MEMORIAL DOM HELDER CAMARA, formado pela Exposição de peças e de informações sobre ele, relativas às homenagens recebidas nos cinco continentes, e da Casa-Museu onde ele viveu de forma simples, por trás do altar da Igreja de N. Sra da Assunção das Fronteiras, lugar escolhido como moradia na Arquidiocese de Olinda e Recife, e onde se entregou ao Pai, em agosto de 1999.

Pois essa devoção a um homem santo, profeta do século XX, amado por todos. tornou-me alvo de uma homenagem especialíssima, na concessão que me foi feita da MEDALHA DE DIREITOS HUMANOS DOM HELDER CAMARA pela Câmara de Vereadores de Olinda, neste dezembro que termina.

A iniciativa dos Vereadores Marcelo Santa Cruz e Arlindo Siqueira foi aprovada. A Medalha e o Diploma agora figuram agora entre as lembranças da minha vida, em lugar de destaque, por tudo o que significa.

E que fiz eu para merecer essa honraria? Conviver com Dom Helder foi um enorme privilégio! Dedicar um pouco do meu tempo - em meio aos tantos trabalhos que precisava fazer a cada dia, para aJudá-lo nas mais simples ações que precisassem ser feitas - foi sempre um oásis diante da agitação que se avizinhava, uma atitude que era tomada também por muitas outras pessoas, igualmente cativadas por esse ser especial.

Sou grata aos amigos-Vereadores autores da proposta. Sou grata à Câmara de Vereadores de Olinda por tê-la acolhido. Sou grata aos amigos que me consideraram merecedora de recebê-la. E renovo aqui o meu sincero desejo de ver o meu santinho reconhecido pela sua santidade, como registrei no cordel “Dom Helder no céu”, distribuído na cerimônia de entrega do título em Olinda, no qual imagino quem o teria recebido no espaço celeste, na noite de 29 de agosto de 1999... Convicta de que foi isso que aconteceu lá nas alturas, peço ao “Santo Helder” que abençoe todos esses filhos amorosos que por aqui ficaram, inclusive eu.

sábado, 28 de dezembro de 2013

MAIS UMA VEZ A SINFONIA DOS DOIS MUNDOS É MOSTRADA EM PERNAMBUCO


Neste domingo, dia 29 de dezembro, às 18h, no Parque Dona Lindu, na zona sul do Recife, bem pertinho do delicioso mar do Nordeste, Pernambuco viverá – mais uma vez –as emoções de assistir à SINFONIA DOS DOIS MUNDOS, obra poética do inesquecível Dom Helder Camara, musicada pelo padre suíço Pierre Kaelin. Um presente de final de ano para todos e uma oportunidade imperdível de debruçar-se sobre a lindeza dessa criação abençoada!   


 A Orquestra Jovem de Pernambuco, regida do maestro Rafael Garcia, vai executá-la. A cantora Fafá de Belém e o tenor Adriano Pinheiro, acompanhados de um coro adulto e de um coro infantil, cantarão a Sinfonia. O texto maravilhoso do ”recitante” será, dessa vez, interpretado por Frei Rinaldo Pereira, dando vida aos versos de enorme beleza. Enquanto Dom Helder  viveu, foi sempre ele esse recitante... Depois da sua partida, coube ao Pe. Antônio Maria, assumir a declamação aqui no Recife. E agora, em 2013, a obra criada em 1970, volta ao palco, lembrando o inesquecível Profeta, em forma e som novamente.



Eu já falei sobre essa sinfonia aqui no BLOG em 2008... No texto daquele momento eu explicava que a SINFONIA DOS DOIS MUNDOS já fora apresentada pelo Mundo inteiro, inclusive em Pernambuco e que ela nascera da luta do Dom em favor dos mais necessitados, do seu sonho de usar a Música como instrumento em prol da Justiça e da Paz, fruto do seu desejo de ajudar a “criar um Mundo mais justo e mais humano”.


 


Em 1980, o caminho da Sinfonia começou... Genebra, na Suíça; Friburgo, na Alemanha; Paris, Avignon e Marseille, na França... E seguiria apresentada em Parma, Roma, Florença,  Strasburg, Sherbrookw,  St. Louis, Madison, Bruxelas, Milão, Toledo, Bois-lu-Dic, San Sebastian, Bilbao, Pamplona, Montividéo, Kordsdorf, Genève... Por fim, chegou ao Brasil – primeiramente no Rio de Janeiro (“Projeto Aquário”); depois João Pessoa e Olinda (“Projeto Acauã). E voltou a andar por aí, chegando à Catalunha, Kortruk, Izagem, Costende, Jeper, Gent, Brugge, Suenos Aires, Sevilha, Friburgo, St. Galen, Zurich, Joliete...



Dezesseis anos depois, a Sinfonia voltou a Pernambuco. E para eternizar-se ainda mais foi lançado em Disco e Vídeo-Cassete. Toda essa trajetória foi sempre Helder o “Recitante”, com sua voz tão especial... E após sua partida, na primeira apresentação feita, o “Recitante” foi o Padre Antônio Maria.



Agora no apagar das luzes deste  2013, a SINFONIA DOS DOIS MUNDOS se entrega novamente aos pernambucanos. Nela, o ideário de um homem extraordinário, que fez de sua vida uma fonte de luz para tanta gente, com seu Poema tão significativo, falando da “audácia e da humildade do Criador”; do homem Co-Criador que luta entre a inteligência e o egoísmo; da miséria que gera a violência e da Esperança que renasce, na voz das crianças, sinalizando que “QUANTO MAIS NEGRA É A NOITE, MAS BELA É A AURORA QUE ELA CARREGA NO SEU SEIO”.



Que esse dia da nova apresentação da SINFONIA DOS DOIS MUNDOS deixe em nossos corações a mensagem de força e de fé, apregoada pelo profeta do século XX:



“Aurora, após a noite,

Tu verás dois mundos reunidos?

Um canto, uma sinfonia!

Dois mundos reunidos!



Quem vai ganhar,

homem meu irmão!?...


O Espírito sopra

no meio da noite

uma Sinfonia.”


(texto do Dom, ao findar-se a Sinfonia)

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

ETERNA NOITE DE NATAL

Noite a dentro, todos esperavam:
animais, estrelas do céu, brisa suave...
Havia um homem, uma mulher serena
e um pequenito que nascia,
tão semelhante  às outras crianças,
 em todos os tempos.

No silencio daquele lugar especial,
daquela noite incomum,
um mistério se anunciava:
estava nascendo a esperança
de que o mundo poderia ser salvo
e ainda se podia crer na paz!

Era isso que apregoavam os anjos:
Paz na terra aos homens de boa vontade!”
Era esse o sentimento de plenitude
dos humildes pastores, dos que passavam,
e até de magos, atraídos pela emoção
de contemplar Aqueles que o mundo aguardava!

Pelos séculos que se seguiram
aquela noite passou a ser marcada
pelo amor sem limite de um Menino,
que vinha fazer-se Homem
para salvar todos os outros homens,
como esperavam os crédulos...

Agora é o tempo de lembrá-Lo pequenino,
na fragilidade da criança que era
naquele primeiro Natal.
E entoar - no coração pleno de certezas -
que o mundo precisa de PAZ
e nós todos também, ansiamos merecê-la!
....................................

Que seja assim o seu Natal, em 2013.

(Marieta)

domingo, 1 de dezembro de 2013

UM LIVRO ESCRITO COM TRABALHO E CORAÇÃO!


Meu “filho” renasceu, neste final de 2013... O livro que reconheço como “a obra da minha vida” está reiniciando a caminhada que se iniciara em 2007, com a entrega de muitos exemplares à escola de Fernando de Noronha, para quem ele fora – inicialmente – feito, concretizando o sonho alimentado em anos de pesquisa e empenho de dar aos jovens noronhenses um “livro-texto” completo.
 
Naquele momento primeiro ele não pode se mostrar em todo o seu esplendor, contentando-se em ser apresentado parte em papel e parte em CD, muito embora que, quase todo o conteúdo necessário à compreensão dos mais cinco séculos de história insular, já estivesse ali aflorado. Daí em diante, cresceram as buscas, ampliou-se o leque de informações, atualizaram-se dados necessários, substituíram-se inúmeras imagens, mantendo-se a mesma Arte que o gerara. E ai está o livro esperado, revelando aspectos diversificados de um mesmo espaço, onde os homens viveram, edificaram, inventaram lendas, poetizaram a beleza, expressaram-se em tantas formas de Arte...

A ideia seria, realmente, falar de TUDO – mas tudo, mesmo – em relação àquele pequeno arquipélago em meio ao Atlântico, tão esquecido pelos que registraram a grande História do Brasil.

FERNANDO DE NORONHA – CINCO SÉCULOS DE HISTÓRIA está chegando em breve às livrarias. E já, já chega ao arquipélago, para deleite dos noronhenses e os noronhensizados... Nele a ampla informação, as imagens oriundas de acervos inimagináveis, explicando as mudanças do tempo e as destinações certas ou errôneas nele tomadas ao longo desses séculos.

Saúdo, com emoção, todos aqueles que me ajudaram a chegar tão longe! Saúdo a Editora Universitária, agora a guardiã desse acervo para mostrá-lo ao mundo!

Meu “filho” aí está. Que tenha longa vida!