quinta-feira, 31 de março de 2011

EM FERNANDO DE NORONHA, UM BARCO ESPECIAL




Não é um barco comum. Sua forma estranha, lindíssima, permite que seja comparado - e "batizado" - de barco-nave ou hidronave, pela sua semelhança com uma nave espacial, flutuando sobre o claro mar de Fernando de Noronha.


Chamado de "PROJETO NAVE", a embarcação - de tecnologia russa - tem visor para o exterior e fundo de acrílico, que permite passeios com uma inesperada visão subaquática, tanto à luz do dia como em saídas noturnas, pelos holofotes instalados, desvendando o diversificado mar noronhense, com sua rica fauna marinha, suas evidências de naufrágios e de ocupações ocorridas em outros tempos.


São correntes, âncoras, cascos de navios, por onde se espalham peixes, arraias, tartarugas e tudo o mais desse santuário marinho. Nada deixa de ser visto, pelas suas potentes lentes. E, mesmo tendo à dsposição os segredos do oceano, também presenteia a todos com visões da beleza cênica do arquiélago, chegando bem perto de rochas vulcânicas, do cenário de sonho que tantos conhecem.

O hidronave chegou para deliciar turistas e desvendar mistérios para pesquisadores, sendo um equipamento de estudo do oceano para todos. Palmas para o engenheiro de pesca Leo Veras, o especialista em tubarões que fez de Fernando de Noronha o seu lar e o seu campo de estudo e trabalho!


domingo, 20 de março de 2011

UMA TRADIÇÃO NORDESTINA QUE SE RENOVA

"Eu prantei (plantei) meu "mio" (milho) todo no dia de São José...
Se me ajuda a "providênça" (Providência)
vamo (vamos) ter mio a "grané" (granel)...
Vou "coiê" (colher), pelos meus "caico" (cálculos),
vinte espiga em cada pé"...

A canção gostosa ecoa, pelos tempos afora, na poderosa voz de Luiz Gonzaga. E ela guarda uma tradição valiosa, na crença do nordestino no poder de São Jósé em ajudá-lo a ter uma safra de milho boa, a cada ano.

Não há mistério nessa ligação do "dia de São José", 19 de março, com o tempo de "São João", 24 de junho, porque esse é o tempo necessário - medido em semanas, entre essas duas datas do calendário religioso - para que o milho - plantado em meados de março - esteja pronto para ser colhido em junho. O povo é que, sabiamente, "inventou" o seu calendário particular, ligado às celebrações religiosas da Igreja Católica. É o saber popular justificando a ciência à sua maneira!

Ontem, dia 19, foi o DIA DE SÃO JOSÉ. Homenagens foram prestadas àquele que a igreja venera como o pai adotivo de Jesus, a quem foi dada a missão de zelar pelo Filho de Deus e por sua Mãe, Maria, criando-O desde o nascimento. E, entre as muitas festas feitas para ele, que é o Patrono da Igreja, está a dos agricultores nordestinos, prontos para ao plantio, crendo naquilo que aprenderam de seus pais, avós e que repassarão para as gerações futuras.

Mais uma vez prevaleceu a sabedoria que vem do povo, que se consolida entre os mais simples, que se perpetua como herança, na riqueza da sua tradição. O mesmo povo que batiza seus filhos com o nome JOSÉ, também considerando herança, ter esse nome abençoado entre os seus. E é esse povo que considera "obrigação" chamar de Maria José / José Maria, a toda criança que nascer "laçada" (envolvida no cordão umbelical), como uma tentativa de evitar que esse menino/menina venha a "morrer queimado ou afogado".

E isso me faz lembrar uma outra deliciosa canção, do paraibano, mestre do repente, Jackon do Pandeiro, que diz: "Vixe, como tem Zé. Zé de Baixo, Zé de Riba. Desconjuro assim com tanto Zé... Mas como tem Zé lá na Paraíba!

Coisas saborosas que retratam a cultura popular deste Nordeste sofrido e sábio, que vale a pena recordar"

sábado, 12 de março de 2011

OLINDA / RECIFE - IRMÃES E ANIVERSARIANTES



De um lado está OLINDA: preciosa jóia lusitana, plantada em sete colinas, espraiada a partir do mar, agregadora de tempos que se foram mas deixaram-se ficar, no casario azulejado, nas tantas igrejas e capelas, nos conventos e mosteiros, nas ladeiras íngremes e estreitas, nos becos de nomes sonoros, nos sabores inesquecíveis e criativos...

Do outro lado, o RECIFE: plano em sua maior parte, serpenteado por rios domados por pontes que por eles se debruçam, traçado em ilhas que se juntam para fazer nascer o espaço urbano, protegido pela linha natural de arrecifes que vieram a batizá-lo lindamente...

Duas cidades distintas e unidas. Dois polos tão próximos que parecem ser só um. Dois destinos interligados, embora tenham, cada um deles, suas características próprias...

Uma - OLINDA - a mãe e matriz, nascida do sonho de um donatário destemido, a "oh! linda situação para se construir uma vila" que se fez verdade. Outra - RECIFE - filha interligada pelo porto natural que permitia o ir e vir europeu e que cresceu e se traçou pela cobiça holandesa que veio mais tarde - no século XVII - permitindo a diferenciação que foi surgindo e veio a separá-las em definitivo!

OLINDA, a capital primeira, o berço dos estudos ligados à Coimbra, religiosa no seu crescer à sombra da cruz, acolhendo jovens decididos em suas andanças de arte e de som. RECIFE. a terra onde viviam os mascates, o ambiente portuário, o enriquecimento a partir das atividades econômicas que explodiam por toda a parte.

Em Olinda, a arte estava naquilo que se erguia, nos monumentos religiosos e civis que surgiam, na Vila que se consolidava, onde habitavam os senhores da terra. No Recife, a primeira ponte chegou no século seguinte à sua formação, nos ares estrangeiros que a fizeram solo, cuidando que seus rios fossem a marca, o diferencial, a lembrança mais forte.

E hoje, dia 12 de março, juntas essas duas terras comemoram o seu aniversário, a data que vale como uma certidão de nascimento... Para uma - a VILA D´OLINDA - o dia em a Câmara já existente concedeu à terra a sua Carta de Foral, distribuindo seus espaços para sempre, com aqueles que a fizeram surgir. Para a outra - a RIBEIRA DO MAR DOS ARRECIFES - o "reconhecimento histórico da sua existência" ali, tão perto e tão necessária. Para as duas, razão de orgulho e respeito!

Saudemos essas cidades-irmãs, que celebram juntas um dia de reconhecimento e de razão para festejar! Saudemos a MARIM, antes habitada por índios Caetés e Tabajaras e o PORTO DOS NAVIOS próximo a ela, que viriam a ser chamadas, para sempre, de OLINDA e de RECIFE!

E que seus filhos tenham a alegria de poder dizer: PARABÉNS!!!

sábado, 5 de março de 2011

QUEM É ESSA???

Para uns, encantamento e sedução.
Para outros, aborrecimento e decepção.
Para muitos, a razão de viver.
Para todos, a necessária presença desde pequenino.

Quantas contradições...
Quantas certezas...
Quantas alegrias...
Quantas lágrimas...

Quem é esse ser infalível que por vezes erra?
Quem é essa deusa que pode até parecer demoníaca?
Quem é formosura e suavidade?
Também capaz de enfeiar-se e desesperar-se?
Quem é doçura e dedicação?
Às vezes passível de ser dura e irredutível?

Ela é a MULHER, especial presença no mundo,
que guarda em si as faces mais diversas...
Ela é aquela que avança, que luta, que sofre,
que se entrega, que chora e que se doa...
Ela é aquela de coração pronto para a acolhida
e braços a serviço do carinho que o mundo precisa tanto...

Ela é a MULHER, criada para dividir os encargos divinos,
como co-patrocinadora da vida e protetora de muitos...
Ela é a MULHER, sinônimo de felicidade e de graça,
a quem se destinam homenagens no seu dia especial,
porque ela existe, graças a Deus!!!

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(para o dia 08 de março de 2011 - DIA INTERNACIONAL DA MULHER)

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