quarta-feira, 31 de março de 2010

É PÁSCOA!

Alegria, amigo!
É Páscoa.

Crê de novo no amor
(mesmo que tenhas permitido o ódio em teu coração...)

Crê de novo na esperança
(ainda que tenhas vivido nas trevas do abandono...)

Crê de novo no Cristo Jesus
(ainda que O tenhas afastado da tua vida
por causa dos apegos terrenos...)

Alegria, amigo!
É Páscoa.
É tempo de fé,
De perdão,
De “renascer”!

(do meu livro “Cantando o amor o ano inteiro
Paulinas/ São Paulo – 1986)

domingo, 28 de março de 2010

A CELEBRAÇÃO DA SEMANA SANTA EM OLINDA


As Confrarias, a Ordem Franciscana Secular, as Irmandades e Congregações religiosas de Olinda organizam, separadamente, suas Celebrações para a Semana Santa, com suas Procissões tradicionais (Procissão do Fogaréu, Procissão do Senhor Morto, Procissão da Ressurreição), suas Celebração Penitenciais e Confissões, suas Vigílias Pascais, suas Apresentações Artísticas nas Igrejas... Depois, em entendimento com da Prefeitura da Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade vivenciam uma programação especial para Semana Santa em 2010.

A disposição topográfica da cidade favorece o clima de recolhimento e participação, pelas ruas e ladeiras, com seu casario antigo, atraindo gente que vem para rezar ou vem apenas para assistir e entra no clima mágico que a tudo transforma...

Este ano, além das atividades nos templos e em seus entornos, será realizado também, pela segunda vez, o espetáculo Cenas de Cristo, apresentado durante quatro dias, em frente à Colina da Igreja do Carmo de Olinda, de 1º a 4 de abril, às 18h20, sob a direção do ator e diretor de teatro José Pimentel.

Pernambuco tem uma grande tradição e competência para teatralizar a Paixão... Este de Olinda é um espetáculo grandioso, ao ar livre, com um elenco de 30 atores e cerca de 50 figurantes, afora a participação de 30 alunos de escolas públicas de Olinda, na cena do Sermão da Montanha. São oito cenas, diante da majestosa Igreja do Carmo serve como cenário, no alto de uma colina suave, que permite uma visão perfeita da encenação.

Na Quinta-feira Santa, outro momento especial: a “Bênção dos Santos Óleos” na Igreja da Sé, Catedral do Arcebispado de Olinda e Recife, presidida pelo Arcebispo Dom Fernando Saburido, com a presença dos Párocos de toda a Arquidiocese que, após a celebração, levam para suas igrejas os óleos do Batismo, da Crisma e da Unção dos Enfermos, abençoados na Missa.

Essa é a Olinda tradicional, cidade de cinco séculos, vivendo mais uma vez uma santa semana de oportunidades para uma mudança de vida, beleza naquilo que mostra e de fé!

sexta-feira, 26 de março de 2010

ILHAS QUE COMPÕEM O ARQUIPÉLAGO DE FERNANDO DE NORONHA

Vinte e uma ilhas comõem esse Arquipélago tão decantado por todos... Só uma é habitada. As demais, constituem o patrimônio ambiental que merece todas as cautelas e proteção. São elas:

ILHA PRINCIPAL

Ilha de Fernando de Noronha - a maior de todas - possui 17 Km2, com cerca de 10Km de comprimento e 3,5Km de largura máxima. É acidentada, com diversas elevações, destacando-se o morro do Pico, com 323m de altura; o morro do Espinhaço (223m); o morro do Francês (195m); o alto da Bandeira (160m); o morro do Curral (126m); o morro de Sto. Antônio (105m).

Nesta ilha estão os sítios históricos (a Vila dos Remédios, a Vila da Quixaba, as ruínas dos Fortes de São Pedro do Boldró, de Sto. Antonio, de N.Sª da Conceição (entre outros), as vilas residenciais, as Pousadas Domiciliares, o Aeroporto, a Creche, a Escola, o Hospital, a Usina Elétrica Tubarão, a Usina de Tratamento d’água Pirauna, a Usina de Dessalinização, a Usina de Tratamento de Lixo e demais serviços.

Parte dessa ilha é Parque Nacional Marinho desde 1988, havendo uma divisão espacial identificada como Área de Proteção Ambiental – APA, que corresponde a 30% de toda a área e Área do PARNAMAR / FN, com 112,7 Km2, incluindo-se aqui a parte marítima, até a isóbata de 50m de profundidade.

Ao redor dessa ilha maior, outras pequenas ilhas, rochedos e ilhotas compõem o cenário decantado por estudiosos e trovadores.

ILHAS SECUNDÁRIAS:

1. Ilha Rata – O nome é controvertido. Seria “Ilha dos Ratos” mencionada por Thevet, em 1556?

É a segunda em tamanho, com uma área de 6,8Km2, formada por rochas escuras e paredões abruptos. Nela há um farol automático para orientação à navegação. Foi base do experimento comercial que explorou o “guano” (fosfato de cálcio) existente em sua superfície, como resultado do acúmulo de excrementos de aves marinhas “o maior deposito de fosfatos zoógenos do Brasil”. Possui vegetação arbórea, incluindo a burra-leiteira”, a leucena, o pinhão branco, a gameleira (o fícus noronhae), entre outras.

Destacam-se nela o “Pontal da Macaxeira” e a ilha do Lucena, que na maré alta já se configura como quase uma outra ilha. Uma escada de ferro encravada na rocha, em sua face sul, permite o acesso de estudiosos e controle da Marinha.

2. Ilha do Meio – Situa-se entre a Ilha Rata e o rochedo Sela Gineta. Possui base mais estreita do que seu topo, em virtude da arrebentação das ondas na base dos seus paredões. No seu solo, muitos ninhos de aves marítimas, muito apreciadas nos passeios marítimos.

3. Ilha Rasa – Fica próxima ao rochedo Sela Gineta e ao lado da ponta da Air France, da ilha principal. É a mais baixa em altura de todas as ilhas secundárias, e seu topo se caracteriza por forte erosão.

4. Ilha de São José –composta de rochas basálticas, escuras, está ligada à ilha principal por um caminho de seixos negros arredondados, que permitem acesso a ela na maré baixa. No alto foi construído, no século XVIII – o Forte de São Jose do Morro -, o único do sistema defensivo implantado fora da ilha principal.

5. Ilha do Cuscuz – Formada por rocha basáltica, próxima ao morro de São José, tem seu nome originário na semelhança com o “cuscuz nordestino”, alimento muito comum na região.

6. Ilha do Lucena – ponta da ilha Rata que vem se separando, pela ação do mar. Só na maré baixa, percebe-se a ligação com a Ilha Rata da qual se origina.

7. Ilha do Chapéu do Nordeste – pequena formação calcarenítica junto às rochas de acesso ao morro de São José.

8. Ilha Cabeluda –Semelhante ao rochedo Sela Gineta, é também rocha fonolítica, situada na saída da baía Sueste, no “mar-de-fora”.

9. Ilha do Chapéu do Sueste – Assemelha-se às lhas do Meio e Rasa, na sua formação e se parece com um pequeno cogumelo. No seu topo podem ser observados aratus e caranguejos.

10. Ilha dos Ovos – Fica em frente à Enseada do Abreu, entre a baía Sueste e a Praia de Atalaia e é também fonolítica.

11. Ilha Trinta-Réis – pequeno alto fonolítico esbranquiçado pela presença do guano em abundância, fica próximo ao “Chapéu do Sueste”, no mar-de-fora

12. Ilhota da Conceição ou do Morro de Fora – É a mais atingida pela erosão. O grande bloco de pedra assemelha-se, a um cachorro deitado, tendo como “cauda” o Pião, um bloco maciço que é considerado – pelo seu equilíbrio - como prova de não existirem tremores de terra no arquipélago.

13. Rochedo Sela Gineta - Composto por rocha fonolítica, situa-se entre as ilhas Rasa e do Meio, destacando-se pela sua imponência topográfica. Seu nome decorre da semelhança com o dorso de um ginete.

14. Rochedo Dois Irmãos – Duas ilhas muito semelhantes entre si, formadas por rochas vulcânicas de cor escura, sobre as quais existem resíduos de “guano”, que lhes acrescentam tons esbranquiçados de rara beleza. É o mais significativo afloramento de lavas vulcânicas do arquipélago, tendo inspirado uma das famosas lendas de Fernando de Noronha: a LENDA DO PECADO, onde são considerados “os seios de uma mulher gigantesca, petrificados por castigo de haver pecado”.

15. Rochedo da Ilha do Frade – afloramento de rocha fonolítica, assemelha-se a um frade sentado, de capuz, como em posição de oração. Já foi chamada “Ilha dos Sinos”, pelo barulho do mar batendo nas rochas. Em mapas antigos pode-se acompanhar as modificações ocorridas nesse morro, ao longo dos tempos, pela ação dos ventos e das águas.

16. Rochedo próximo à Ilha dos Ovos, no mar-de-fora.

17. Rochedo situado próximo à Ponta das Caracas e à Baía Sueste.

18. Rochedo do Morro do Leão – Rocha fonolítica, está situado no mar-de-fora, junto à Praia do Leão, assemelhando-se a um leão marinho, deitado, vindo daí o seu nome.

19. Rochedo do Morro da Viuvinha - Rocha fonolítica, situado junto ao Rochedo do Leão, na mesma praia, no mar-de-fora, é local de nidificação de aves.

22. Rochedos das Pedras Secas – Três pequenas formações calcareníticas, localizadas no mar-de-fora, distantes do conjunto do arquipélago, na direção da praia de Atalaia e da Enseada da Caeira. Chamados de “escolhos” por Américo Vespúcio, em 1503, na sua carta descritiva da abordagem do arquipélago, feita face ao naufrágio ocorrido nessa proximidade. É o legendário lugar onde começa a história oficial de Fernando de Noronha.

sexta-feira, 19 de março de 2010

O FORTE DE SÃO JOSÉ DO MORRO, EM FERNANDO DE NORONHA


Hoje, dia 19 de março, celebra-se o dia de São José, nome atribuído a diversas fortificações em todo o mundo, um costume hispânico-português de dar nome de santos a lugares geográficos, cidades, fortes, baluartes, embarcações e até mesmo canhões. Em Fernando de Noronha não seria diferente... E lá está o FORTE DE SÃO JOSÉ DO MORRO, o único fora da ilha principal, também construído no século XVIII e que, somado aos outros nove erguidos na ilha, fez surgir ali "o maior sistema fortificado do século XVIII no Brasil”.

A devoção a São José é muito antiga... Esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus, foi dele o mérito que cuidar e acompanhar o Menino, nos seus primeiros anos de vida, o que deu origem à idéia que Jesus teria sido também um carpinteiro, como José, até a sua adolescência, trabalhando com o pai na sua oficina de trabalho. A Igreja lhe dedica uma festa neste dia. Em 1870, ele foi declarado “Patrono da Igreja” e, em 1955, “Patrono dos operários” e “Protetor dos casamentos”.

A fortaleza noronhense dedicada a São José é isolada das demais, situada em uma das ilhas secundárias próximas ao Porto de Santo Antônio. Somente na maré seca chega-se a ela, atravessando a linha de arrecifes entre o morro onde está o forte e a região da Air France, na ponta da ilha principal.

Construído numa ilha rochosa, 12m acima do nível do mar, permitiria a defesa das ilhas secundárias que circundam a enseada de Santo Antônio, cruzando fogos com o Forte de Santo Antônio, a Fortaleza dos Remédios e o Parque de Santana, todos estes colocados na ilha principal. De planta triangular, é considerada a mais bem conservada das fortificações, talvez pela dificuldade de acesso e pouca visitação.

No Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, no Recife, há uma lápide, procedente, exatamente, “da Fortaleza de São José da ilha de Fernando de Noronha”, oferecida à Instituição pelo então comandante da Ilha, Cel. Alexandre de Barros Albuquerque.

PALAVRAS DO PROFETA


"Só as grandes humilhações
nos levam
ao recesso último
de nós mesmos,
lá onde as fontes interiores
nos banham de luz,
de alegria
e de paz."

(Dom Helder Camara)

quinta-feira, 18 de março de 2010

E O MAR NORONHENSE COMEÇA A SE ACALMAR...


Foram muitas as inquietações. Desde 17 de dezembro de 2009 o mar de Fernando de Noronha agitou-se e cresceu, invadiu espaços, atingiu construções portuárias que resistiam há tempos e fez com que o Turismo pelo mar fosse diminuído e até impedido de ser realizado, pela fúria das ondas do SWELL que chegou tão cedo e espantou a todos.

Até os cruzeiros marítimos programadas para o período foram prejudicados, obrigados a mudar o roteiro estabelecido e/ou efetivar o desembarque em um só dia, diante das enormes ondas que estabeleceram seu domínio e mudaram o rumo dos acontecimentos.

Agora, neste março que se adianta, aquele mar tão belo e tão procurado foi se acalmando, pouco a pouco, fazendo voltar à normalidade e permitindo a concretização dos projetos de recuperação do píer do Porto de Santo Antônio e o f
ortalecimento do molhe construído em 1987, a partir de estudos que determinaram o que pode ser feito para conter – no futuro – as próximas investidas.

Em 1942, também se experimentou a construção de um molhe duplo, comprido para, por ele, descarregar canhões e acolher os “pracinhas” do Destacamento Misto da II Guerra Mundial. Para fazê-lo, um grupamento dos Pontaneiros de Itajubá, de Minas Gerais, deslocou-se para o Arquipélago e lutou bravamente para que a “ponte” existisse. Não durou muito e a fúria das ondas destruiu tudo o que foi feito...

Agora, corre-se em busca de aproveitar-se a diminuição das ondas para fortalecer o molhe do Porto de Santo Antônio, na mesma Baía onde atuaram os Pontaneiros, para que o lazer pelo mar volte a ser uma das belas características do mar noronhense, atração maior do Turismo ali praticado.

Vai dar certo, sim!

segunda-feira, 8 de março de 2010

PALAVRAS DO PROFETA


"Não nos condene a ser sós estando juntos.

Permite-nos estar juntos estando sós"


(Dom Helder Camara)

MULHER - UMA HOMENAGEM

Mulher:
Não és deusa.
Nem mesmo creditam a ti
a primazia da criação,
porque vieste depois,
para ser a companheira do homem,
conforme quis o Criador.

Dizem que és o sexo frágil...
Logo tu, talhada para a dor, para a espera,
para o desdobramento na maternidade,
o fortalecimento do filho na amamentação,
a segurança da família,
renovada em cada novo dia,
no aconchego do lar
ou na luta pela sobrevivência?...

Não és deusa, mulher,
mas bem que pareces.

Desdobra-te, dentro e fora de casa.
Abrigas os filhos
como se sobre eles
desdobrasses asas protetoras,
protegendo-os dos perigos
e zelando por eles, sempre...

Mulher, quem é maior que tu?

(publicado no meu livro “No silêncio do coração”, São Paulo, Catolicanet)

sexta-feira, 5 de março de 2010

INTERDITADA A MATRIZ DE SÃO JOSÉ – NO RECIFE


A notícia pegou a todos de surpresa... A velha Matriz de São José, no Recife, foi interditada, porque está com a estrutura danificada e há riscos para os freqüentadores do velho e tão querido templo.

Sua construção iniciou-se em 1845, no bairro de São José / ilha de Santo Antônio e só viria a ficar pronta duas décadas depois. Ao seu redor a cidade cresceu, transformou-se, viu aumentar o fluxo de carros nas suas proximidades, abalando e interferindo na edificação como um todo, dados esses hoje expostos e preocupantes, como feridas nascidas do abandono dos homens e dos que protegem o patrimônio cultural do País.

Claro, algumas obras urgentes de conservação foram executadas, em períodos diversos mas, o que se sabe hoje, é que as vigas que sustentam o telhado estão danificadas; o madeiramento destruído pelo cupim; há rachaduras nas paredes, tudo evidenciando o perigo e o lamentável abandono, apesar das iniciativas dos paroquianos gerando parcos recursos, para tratar o que fosse mais urgente, nessa estrutura tão fragilizada...

Única igreja em estilo neoclássico do centro do Recife, a Matriz de São José é uma construção do século XIX, com frontispício austero e torres pesadas, conforme ficou após uma discutida restauração. Há um trabalho na fachada: mosaicos azuis e brancos, num semicírculo, de Francisco Brennand. Tochas com labaredas de pedra, adornam o muro do adro. Dois quadros dentro da igreja, de autor desconhecido, mostram Dom João Marques Perdigão, bispo da Diocese de Olinda, à época da construção do templo e o Deão Farias, personagem da época. Sua maior atração está nas portas internas da sua entrada principal, toda ela feita em pau-brasil.

A criação da Paróquia se deu em 02 de maio de 1844 e a bênção e festa de inauguração ocorreram nos dias 07 e 08 de dezembro de 1864. Seu vigário, há mais de três décadas, é o padre José Augusto Esteves, que tentou várias alternativas para conseguir recursos que permitissem iniciarem-se as obras emergenciais... Mas isso é quase impossível, diante dos danos identificados e da impossibilidade de receber-se ali o apoio público, por não ser a Matriz tombada, nem a nível estadual, como nacional. Sem a proteção oficial dos órgãos de patrimônio, reconhece-se apenas que ela se encontra em um perímetro de tombamento, incluída no inventário de patrimônios religiosos do estado que está sendo realizado pelo IPHAN.

É uma pena que um bem patrimonial de tanta importância chegue a esse ponto... Tomara que ele ainda mereça as atenções dos que podem salvaguardá-lo! Tomara!

quarta-feira, 3 de março de 2010

PALAVRAS DO PROFETA


“FELIZES OS QUE SONHAM;
alimentarão a esperança de muitos
e correrão o doce risco de, um dia,
ver os sonhos realizados.”
(Dom Helder Camara)