segunda-feira, 31 de agosto de 2009

DOM HELDER REVERENCIADO PELOS CONTERRÂNEOS

Foram horas de estrada, do Ceará até Pernambuco. Foram 245 romeiros, embarcados no sonho do incansável Padre Sebastião de Sá, para vivenciaram a "VI PEREGRINAÇÃO CEARENSE" que veio especificamente rezar no túmulo de Dom Helder e visitar os lugares por onde ele andou, em Olinda e no Recife. Com eles, pela primeira vez engajado no feliz evento, o Padre Maurício Lopes, de Ocara, Ceará, descobrindo a alegria de seguir os passos desse Profeta e Pastor cearense.

Com a coordenação, em Pernambuco, do Instituto Dom Helder Camara, da Prefeitura de Olinda (que apoiou integralmente a passagem do grupo pela cidade) e da CNBB NE2 (que acolheu e ofereceu almoço para todos lá na sua sede no Recife) esses peregrinos cumpriram uma agenda intensa, toda ela marcada pela devoção ao Arcebispo Emérito de Olinda, Dom Helder Camara, que se foi há exatos dez anos, deixando-nos saudosos de sua presença iluminada e de suas ações corajosas, hoje continuadas pelos seus seguidores .

O objetivo primeiro desses caminheiros seria prantear o conterrâneo santo, nos 10 anos da sua partida e nos 100 anos do seu nascimento... Mas outras emoções foram experimentadas tanto em Olinda como no Recife, conhecendo lugares e partilhando momentos especiais, com os que os recepcionaram.

OLINDA, no sábado, dia 29: o almoço nos jardins da Biblioteca Pública de Olinda; a visita ao Santuário da Mãe Rainha; a concentração em frente à Matriz de São Pedro Mártir, onde o boneco-Dom Helder os esperava para dali saírem em caminhada até a Catedral da Sé e lá, fervorosamente, fazerem suas orações diante do túmulo do Dom, rezarem o Terço Missionário e participarem da celebração da Santa Missa, recebendo, ao final, a bênção do novo Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido... Terminada a celebração, foi tempo de apreciar Olinda do mirante do Alto da Sé, vendo o Recife à distância, tudo iluminado pela generosa lua, enquanto um grupo menor permanecia em vigília na Catedral, até o amanhecer...
RECIFE, no domingo, dia 30: o passeio pelo centro do Recife; a parada na Igreja de N. Sª da Assunção das Fronteiras, para a visita emocionada à casa onde Dom Helder viveu (nos fundos do altar-mor) e onde partiu, há dez anos, acolhidos todos fraternalmente por membros do IDHeC; a foto junto à escultura de Dom Helder-poeta, postado diante do templo; a caminhada até a sede da CNBB Regional Nordeste 2. para a participação na Missa na Igreja dedicada ao Bom Pastor, situada bem em frente à rua onde está a Igreja das Fronteiras e o almoço na própria sede da CNBB Regional Nordeste 2, oferecido pela instituição.

Muita gente se uniu para dar suporte local a essa corajosa iniciativa: Zezita Cavalcanti (que foi secretária do Dom na AOR), Lucinha Moreira (Presidente do IDHeC), Cristina Ribeiro (membro do IDHeC), Irmã Neusa (religiosa carmelita ligada ao IDHeC), Raimundo Viana (diretor da Biblioteca Pública de Olinda), Dom Genival Saraiva (Secretário Geral da CNBB NE2), Padre Albérico Almeida (Secretário Executivo da CNBB NE2) foram alguns dos que estiveram comigo ao lado desses cearenses, sentindo neles um enorme reconhecimento por tudo o que Dom Helder semeou em vida, fiéis ao compromisso com uma Igreja libertadora e voltada para as causas sociais. A imprensa escrita e televisiva prestigiou o momento, eternizando essa iniciativa tão bonita...

A viagem de regresso ao Ceará começou ainda na tarde do abençoado domingo, com o compromisso de voltarem todos, para a “VII PEREGRINAÇÃO CEARENSE”, em 2010 que, certamente, contará com a acolhida e a presença de Dom Fernando Saburido, pela firmeza com que aceitou o convite feito na Sé e o carinho com que saudou aquele devotado grupo de romeiros.

Nós, que a cada ano percebemos o crescimento – em fervor e em numero de participantes – dessa peregrinação, só precisamos firmar, também, o compromisso de acolhê-los, facilitar-lhes a permanência e rezarmos junto com eles, agradecendo a Deus pela fidelidade com que cumprem essa missão de fé e de esperança!

sábado, 29 de agosto de 2009

PALAVRAS DO PROFETA


“Concede-me, Senhor meu Deus,
uma inteligência que Te conheça,
uma angústia que Te procure,
uma sabedoria que Te encontre,
uma vida que te agrade,
uma perseverança que Te espera com confiança
e uma confiança que enfim Te possua.”

(Dom Helder Camara

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

DOM HELDER - DEZ ANOS DE SAUDADE!


Meu Poeta das madrugadas,
que conversava com o futuro
e segurava o passado nas mãos,
tudo o que ficou de ti é rumo a ser seguido,
é esperança de que ainda haja paz!

Meu Profeta do milênio,
que imaginavas um mundo melhor,
onde os homens fossem felizes
e nunca, nunca perdessem a fé no Pai
e nos outros homens...

Meu Profeta, que saudade desses 10 anos de distância,
mesmo que tudo o que deixaste registrado
seja alento, conforto, meta...
e que vivamos o esforço diário
de relembrar teu ideário diante da vida...

Por onde andas, meu Profeta?
Que anjos cantam ao redor de ti,
o doce cântico de louvor e de fé?...
Que vozes fortes iguais à tua
ecoam no paraíso onde foste viver?

As lembranças são muitas, meu Poeta...
elas são maiores agora, neste agosto,
quando sabemos que te fostes há 10 anos
e nos deixaste órfãos das maravilhas que criaste,
fortificados pelo amor que ensinaste pela vida...

Olha por nós, santo homem de bem,
para que nunca arrefeça a coragem que ensinaste
e seja sempre com ela o nosso caminho
marcado pelas pegadas deixadas por ti,
para que pudéssemos caminhar à tua sombra!

Olha por nós, São Helder de tantas maravilhas!

Olha por essa humanidade perdida,
desesperançosa, sofrida e triste,
restabelecendo em todos o ardor para a luta
e a força para continuar lutando!


Deus te guarde, Helder, nosso Pastor, para sempre!

sábado, 22 de agosto de 2009

GASTRONOMIA INSULAR (de Fernando de Noronha)


Numa ilha, quase sempre, a comida gira em torno do mar. No passado, Fernando de Noronha era atração dos que navegavam por ali, pela piscosidade de suas águas, pela facilitada em encontrarem-se polvos, lagostas, caranguejos, cações e tantas outras maravilhas que o mar reserva. Mas não era somente isso que queriam os marinheiros errantes... Queriam as tartarugas enormes, para levá-las amarradas em seus barcos, para as abaterem, à medida que precisassem delas como alimento. Queriam as aves, como “tira-gosto”, talvez... Queriam ovos, carregados aos montes, nas jornadas em que se aventuravam... Queriam frutas...

Em tempo de Colônia Correcional, normas rígidas controlavam a alimentação do preso, permitindo-lhe apenas a ração estabelecida (o “muniço” de cada dia), pobre em vitaminas e proteínas, sem lhes dar o direito de comer o que produzissem ou pescassem, cedendo para as autoridades esse melhor alimento. Mas, às escondidas, quantos relatos de “travessuras” feitas na calada da noite, ou em lugares reservados, escondidos dos seus superiores. Enormes melros capturados, grandes tartarugas e lagostas, até mesmo bodes e bois roubados dos seus cercados, fizeram a delícia alimentar daqueles homens condenados a comer mal e pouco, mesmo que tivessem que tratar, cozinhar improvisadamente e comer às pressas os seus “banquetes, apagando qualquer rastro deixado da aventura feita”.

A fartura do mar noronhense atraiu a cobiça dos que viviam no continente, ficando célebre a vinda de pescadores para a ilha, com a finalidade específica de remeterem toneladas de bom peixe para o Recife, onde eram vendidos na sede de apoio do Território Federal (ao tempo, na Avenida Agamenon Magalhães, na capital pernambucana). E, na ilha, essa fartura e diversidade gerou pratos especialmente pensados para o aproveitamento do alimento local, sendo o peixe sempre o campeão em procura e consumo. Para capturá-lo, organizaram-se campeonatos de caça submarina, sendo famosa a participação, num desses, do médico Ivo Pitangui, campeão na modalidade desportiva. Essa prática esportiva foi proibida.

Depois, os olhares se voltaram para o tubarão. Considerado uma comida saborosa - se preparado com critério - a captura do tubarão passou a ser maior quando o processo de secar e salgar o animal fez surgir o “tubalhau”, hoje uma das maiores atrações noronhenses, seja em forma de bolinhos, recheio de empadas ou saladas aceboladas. Mas também a captura do tubarão sofreu restrições e hoje só é praticado no alto mar e em quantidade limitada.

E o polvo, abundante nas praias; os caranguejos e lagostas, cuja captura não estava sujeita a normas preservacionistas... A criação do Parque Nacional Marinho freou, um pouco, a busca desenfreada do alimento que vem do mar, estabelecendo critérios e locais onde ela poderia ocorrer, sendo hoje a gastronomia insular subordinada a essas práticas, profundamente fiscalizadas e sempre bem sucedidas, que custaram a serem entendidas pelos próprios noronhenses.

Que pratos fazem mais sucesso na ilha?

ð O peixe é assado na palha da bananeira, de forma rudimentar, ou servido cozido, acompanhado de suculento pirão...
ð O tubarão servido em postas secas, salgadas e assadas, comido com saladas cruas e cozidas ou apresentado em forma de bolinhos ou recheio de empadas...
ð As “sinfonias marítimas” que reúnem o polvo, a lagosta, o peixe, o camarão num mesmo cozimento (de preferência em panela de barro) e que, junto com as muitas verduras, são servidos com pirão leve e saboroso...
ð O arroz se cozinha com polvo, com peixe, com lagosta e até com café ou sucos regionais (mangas, cajus, pitangas...)...
ð O leite de coco que inunda os molhos dos peixes, das lagostas, dos siris, dos polvos...
ð O coco ralado de forma tradicional (em ralador feito de uma roda de ferro pontilhada, apoiada em um pedaço de madeira), transformado num doce tentador, semelhante a uma cocada, chamado “Quem-quer” ou misturado a outros doces e bolos...
ð Os enormes caranguejos que lambuzam bocas, rostos e braços dos que se aventuram e permitem que seja feito um pirão fantástico...

Uma bebida noronhense, nascida das proibições

Merece um registro especial a bebida noronhense “PÁ-BUFF”, inventada pelos sentenciados, diante do desejo de beber e de lhes ser proibida a bebida alcoólica. Feita de álcool, cravo e suco de fruta, foi sempre considerada “de efeito paradisíaco” e absolutamente proibida, desde a época da Colônia Correcional. Mistura forte... Seu nome é corruptela do sintoma provocado pela bebida: quem a bebesse era logo: “Pá”... “Buf” no chão. A receita passou de preso para preso, de geração para geração e chegou aos dias atuais. Nada é mais arrasadora do que ela...
É... Comer e beber em Fernando de Noronha pode ser um prazer a mais, nessa terra de tantos encantos!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA EM CIMBRES / PERNAMBUCO


Na entrada da cidade de Pesqueira, a 215 km do Recife, em Pernambuco, a imagem de Nossa Senhora das Graças, ao lado de uma rendeira e uma doceira já registram as “atrações” do lugar. É a religiosidade, principalmente, que leva turistas àquela cidade interiorana. e é o Turismo Religioso que se destaca, sobretudo a visitação ao Santuário de Cimbres, local da aparição da Mãe de Deus, em 1936.

Pesqueira já foi chamada a “Atenas do Sertão”, por sua geografia e seu clima frio, no Agreste pernambucano. Rodeada de serras, tem também áreas indígenas.

Cimbres é uma Vila de Pesqueira. Foi aí que aconteceu a aparição de Nossa Senhora das Graças, em 6 de agosto de 1936 às adolescentes Maria da Luz, que hoje é freira e se chama Irmã Adélia, e Maria da Conceição (que já é falecida). A Virgem falou a elas dos castigos que seriam enviados por Deus e pediu orações. Desde desse tempo o santuário de Cimbres é um centro de romarias, dos cristãos que buscam milagres.

Houve um longo processo para atestar a verdade daquele acontecimento, que só se concluiu em 1966, quando o Vaticano confirmou a história da aparição. E essa é uma das cinco aparições confirmadas pela Igreja.

O acesso ao santuário se faz por 296 degraus e seis rampas, até chegar no alto da serra da Guarda. E, por toda a tradição ali conservada, Cimbres é um dos destinos do Turismo Religioso mais importantes do Estado.

Vela a pena conhecer o lugar!

domingo, 16 de agosto de 2009

É HOJE: BEM-VINDO, DOM FERNANDO!


Por onde andavas, peregrino de Deus,
Nesses caminhos percorridos
Depois que partistes?
O que te fez cativo das terras cearenses,
Nessa entrega confiante que aceitaste viver,
Ao partir de Olinda e Recife,
Que já te amava tanto?
Será que teu coração de monge e de padre
Estremeceu ao saber-se indicado para a tua própria terra,
Esperado por todos como uma luz que clareia caminhos?
É assim, Arcebispo querido,
Que te esperamos...
Com o a alma em festa
E o coração cantando...
É assim que te recebemos hoje,
Na solenidade daquela Senhora que foi levada para o céu,
Repetindo agora a acolhida antes ocorrida,
Quando vieste como Auxiliar, apenas.
É assim que te acolhemos,
Fraterno monge, nosso Pastor,
Com os braços abertos
E disponibilidade maior de servir, também!
Dom Fernando Saburido,
Que chegas como titular à 3ª Diocese criada no Brasil,
Para tornar realidade o sonho de todos
De ter-te como nosso 8º Metropolita,
Os anjos que te conduzem trazem consigo
O eco de uma voz marcante
Que deu início à tua caminhada de padre...
Foi ele, o Dom da Paz, certamente,
Que ouviu nossos anseios
E te trouxe de volta para casa...
Seja bem-vindo, Pastor...
Seja bem-vindo portador da Paz e da Esperança!

sábado, 15 de agosto de 2009

PADRE HELDER - HÁ 78 ANOS PASSADOS...


78 anos um jovem cearense se tornava PADRE...

A vontade surgira desde muito pequeno. E a firme decisão de ser foi se consolidando enquanto ele crescia, secretamente aspirada pela mãe e só assumida pelo pai no dia em que o interrogou, afirmando "você sabia que uma pessoa para ser padre não pode ser egoísta, não pode pensar só em si mesma? E continuou, categórico: "Ser padre e ser egoísta é impossível: são duas coisas que não combinam..." E conclluiu, talvez tentando demovê--lo daquela vocação nascente, tão limpa e tão pura: "os padres acreditam que, quando celebram a Eucaristia, é o próprio Cristo quem está presente. Você já pensou nas qualidades que devem ter as maos que tocam diretamente o Cristo?"

E o pequeno HELDER - sem nenhuma sombra de duvida -, afirmou: "PAI, É UM PADRE ASSIM QUE EU QUERO SER". "Então", disse o pai, "pois que Deus te abençoe!" Dali em diante, no Seminário da Prainha, ele estudaria, prepararia o seu coração, fortificaria sua fé e o seu entendimento para - no dia 15 de agosto de 1931, aos 22 anos e meio de idade – tornar-se o PADRE PESSOA HELDER CAMARA, o padrezinho amado por tantos, aquele que criaria asas e seria, em vida, o Profeta do século XX!

Hoje, neste 15 de agosto de 2009, na alegria e na paz celebraremos 78 anos daquele momento primeiro e faremos isso no ano em que o mundo celebra o seu centenário de nascimento e no mês em que também lembramos os dez anos de sua partida.

Ah, padre Helder, como seu pai estava certo, naquele distante dia do temor maior e da graça do entendimento!!!
Não, não pares.
É graça divina começar bem.
É graça maior persistir na caminhada certa,
manter o ritmo...
Mas a graça das graças
é não desistir nunca...."

(Helder Camara)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

PALAVRAS DO PROFETA


"Mesmo que a maior angústia
te visite e te acompanhe,
não deixes que ela se reflita em teu rosto...

Mundo agitado e triste
precisa que leves contigo
tua paz e tua alegria."

(Dom Helder Camara)

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

DESABAFO...




Minha proposta, ao criar um BLOG, foi falar – principalmente, de coisas, lugares e/pessoas que enternecem meu coração, sejam elas vivas ou “encantadas”... E assim tem sido desde 18 de julho de 2008, quando fiz minha primeira postagem. De lá para cá publiquei poesias, textos históricos, curiosidades e, sobretudo, destaquei três temas, para serem eles o objeto maior da minha atuação bloguística: Dom Helder Camara / Fernando de Noronha / Olinda

Falei muito sobre Dom Helder, impregnada pelo amor que um dia aquele profeta despertou em mim, divulgando dados sobre a programação do centenário do seu nascimento, publicando reflexões dele (que chamo “Palavras do Profeta”), descrevendo homenagens por ele recebida em vida ou agora, nesses dez anos de saudade e esperança...

Falei muito sobre Fernando de Noronha, cujo resgate histórico que coordeno tornou a “causa” da minha vida, levando-me a publicar quatro obras sobre grande parte daquilo que pesquisei e criar inúmeros artigos expostos em diversos meios de comunicação.

Falei sobre Olinda, onde vivi a inesquecível experiência de ser duas vezes Secretária Municipal e lugar que escolhi para viver, depois de casada.

O desabafo de agora tem uma razão específica: alguém, escondendo-se no ANONIMATO, questionou-me recentemente, acusando-me de “não entender que o novo arcebispo de Olinda e Recife se chama Dom Fernando Saburido, e não mais Dom Helder Camara que repousa nos braços de Deus”... Coitado desse internauta, que se vale da “surdina” para se dirigir a quem não esconde nada do que pensa e ama, e que tem por Dom Fernando Saburido um afeto enorme e antigo, desde os tempo em que era ele apenas um monge beneditino, de quem assisti à Ordenação Sacerdotal oficiada por Dom Helder e que continuou meu amigo sendo vigário numa paróquia em Olinda ou fazendo – em Fernando de Noronha – sua 1ª visita pastoral, logo após sagrado Bispo Auxiliar da minha Arquidiocese...

Claro que sei e choro a falta que Dom Helder nos faz a todos, e sonho com o dia feliz em que seja ele elevado às honras dos altares, se Deus quiser, pela iniciativa do mesmo Dom Fernando, tão “helderólogo” como eu... Portanto, meu anônimo leitor, não preciso de reprimendas por reverenciar a um e pretender a acolher ao outro. Faço e farei isso de “braços e corações abertos”.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

CRIAÇÃO DOS CURSOS JURÍDICOS NO BRASIL - OLINDA


Os juristas brasileiros comemoram - neste 11 de agosto - os 182 anos da criação dos Cursos Jurídicos no País. Uma data muito significativa todos e, em especial, para São Paulo e para Olinda.

Até aquele ano, os bacharéis brasileiros estudavam e eram diplomados em Portugal, principalmente na Universidade de Coimbra. Com a instalação dos Cursos Jurídicos no Brasil, nas duas cidades consideradas à época, capazes de recebê-los, toda a formação jurídica passou a ser voltada para as questões brasileiras, direcionadas as características e os problemas do País. Foi um grande momento, do Imperador...
"Dom Pedro Primeiro, por graça de Deus e unânime aclamação dos Povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil. Fazemos saber a todos os nossos súditos que a Assembléia Geral Decretou e nós a Lei seguinte:
Art. 1º - Criar-se-ão dois Cursos de Ciências Jurídicas e Sociais, um na cidade de São Paulo e outro na de Olinda, e neles no espaço de cinco anos e em nove Cadeiras, se ensinarão as matérias seguintes..........
Dado no Palácio do Rio de Janeiro aos onze dias do mês de agosto de mil oitocentos e vinte e sete. Sexto da Independência . IMPERADOR PEDRO PRIMEIRO
.” (Lei de 11/08/1827)

Os dois cursos foram implantados em casas religiosas. Em São Paulo, no Convento de São Francisco e, em Olinda, no Mosteiro de São Bento, onde permaneceu até 1854, quando foi transferido para o Recife..

Essa é a razão pela qual, todos os anos, os advogados pernambucanos realizam uma solenidade rememorativa, na Sacristia do Mosteiro de São Bento, precedida de Missa em ação de graças pela importante data celebrada. Afinal, são 182 anos carregando no coração o orgulho de ter merecido, em 1827, a distinção de abrigar os Cursos Jurídicos, juntamente com São Paulo.

Após esses 182 anos de consolidação, sabe-se com certeza que o ensino do Direito no Brasil veio pra ficar, para tornar independente de Portugal todos aqueles vocacionado para a área jurídica, para incluir Olinda dentre as mais promissoras cidades no seu tempo...

E isso é razão de orgulho, sim!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

PALAVRAS DO PROFETA

Mesmo que a maior angústia te visite e te acompanhe,
não deixes nunca que ela se reflita no teu rosto...
Mundo agitado e triste precisa
que leves continua tua paz e tua alegria!
(Dom Helder Camara)

domingo, 9 de agosto de 2009

"DIA DOS PAIS"


PAI

Das muitas coisas que buscaste em vida:
Trabalho, pouso, valorização e sorte,
Uma – se chega – modifica tudo:
E sobre todas paira, como um rumo forte.

É o gerar outra vida que te perpetua
E te extasia, pelos braços de uma criança.
É o de ser pai, que te transfigura,
Revendo sonhos, doce esperança.

Um laço forte te une ao filho, sempre,
Mesmo que de ti esteja distante,
Porque no amor se aquece a nova vida.

E assim será, eternamente, o elo
Que liga pai e cria, para todo o sempre,
Chama de amor, proteção querida!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

UM CORAL DE 60 ANOS RECEBE PARABÉNS!


O dia 05 de agosto de 2009 foi mesmo muito especial... O Coral do Carmo do Recife, fundado em 05 de agosto de 1949, por iniciativa do frade carmelita Frei Pio Moreira, reunindo exclusivamente vozes masculinas, celebrava sua ação de graças pelos 60 anos contínuos de existência. Razão para dar mesmo graças ao Pai!

No começo, o objetivo era reabilitar a música sacra nas igrejas do Recife e, em especial, o cancioneiro tão particular das festas da Basílica do Carmo, Padroeira da capital pernambucana. E chamou-se – inicialmente – “Schola Cantorum Nossa Senhora do Carmo”. Seu primeiro regente foi o Pe. Jaime Diniz, conhecido musicista, compositor e maestro de Pernambuco.

Por oito anos a “Schola Cantorum Nossa Senhora do Carmo” entoou louvores a Deus e à Virgem do Carmo nos templos. Isso mudaria em 1957, com a chegada à frente do grupo do Maestro M. Bezerra, sendo o repertório enriquecido com obras dos grandes mestres eruditos e com canções folclóricas e populares, tornando-o o mais popular conjunto de canto coral do Nordeste do Brasil.

Bezerra especializou-se em arranjos para vozes semelhantes. Seus trabalhos deram uma dimensão maior ao conjunto, descobrindo e projetando solistas inesquecíveis, que marcaram a sua passagem pelo coral, em todas as épocas. E o conjunto - a partir de 1962 – passou a chamar-se Coral do Carmo do Recife, que queria, tão somente, difundir a música de todos os tempos e a música brasileira, sobretudo o cancioneiro nordestino.

E assim cantaram pelo mundo afora... Cantaram pelo Brasil quase todo... E nunca perderam a característica maior de manter a tradição inicial, como um dos poucos corais formado apenas por vozes masculinas.

Seu vasto currículo de apresentações pelos mais diversificados lugares, não impediu – nunca – o compromisso primeiro de cantar, na Basílica do Carmo, tanto o novenário em louvor da Padroeira (em julho, a cada ano), como as Missas dominicais das dez horas da manhã, além da participação, com seu canto e sua dedicação, nas comunidades assistidas pela Ordem Carmelita, em Olinda, Nazaré do Cabo, Goiana, Camocim de São Felix e em Paróquias diversas, como Cajueiro Seco e Espinheiro, entre outras. Também o manteve sempre como deflagrador de movimentos artísticos por ocasião das Semana Santa e das festividades natalinas, criando e mantendo Encontros com outros corais, em eventos de grande valia.

Isto é o Coral do Carmo do Recife, sexagenário coro de Pernambuco, hoje regido pelo Maestro Josias Gouveia, cantando para o mundo inteiro! Isto é o
o Coral do Carmo do Recife, que celebrou - numa tocante cerimônia na mesma Basílica onde tudo começou - na noite deste dia de aniversário, sua festa, reunindo outros coros e os muitos amigos que vieram homenageá-lo!

Isto é o CORAL DO CARMO DO RECIFE, um orgulho para Pernambuco e para o mundo! Parabéns, coro querido!

DOM HELDER - MAIS HOMENAGENS PELO CENTENÁRIO


Dentre as muitas homenagens ocorridas ao longo de 2008 e 2009, para celebrar o centenário de nascimento de Dom Helder Camara, inclui-se esta, realizada no Rio de Janeiro, na Paróquia dos Santos Anjos - Leblon, em 31 de julho de 2009. Era o tributo de gratidão àquele que foi Bispo Auxiliar e Arcebispo Auxiliar daquela Arquidiocese, tendo feito ali uma obra social espantosa, de enorme alcance social.

Na Igreja dos Santos Anjos - tombada pela Prefeitura do Rio como "Patrimônio Municipal", por ter sido a primeira paróquia criada pelo Profeta do século XX - a primeira emoção era contemplar, ao lado do altar-mor, um enorme baner com a imagem dele, saudando a PAZ. E essas emoções continuaram na solenidade cuidadosamente preparada, numa fria manhã de sexta-feira, reunindo os Bispos do Rio de Janeiro e um Bispo representando o Regional NE2, afora o grande número de padres vindos de todos os cantos, para a reverência amorosa e saudosa!..

Presidida pelo Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, essa nova homenagem vem se somar a tantas outras já vivenciadas e àquelas que estão por vir, neste agosto e neste ano de muitas lembranças e muitas datas para festejar, estendendo o programa comemorativo por dois anos inteiros de reverências.

Dom Helder merece tudo isso. E foi num ímpeto de amor a ele que o Pároco dos Santos Anjos - Padre Marcos Belisário - iniciou a Missa daquele 31 de julho especial saudando seu Arcebispo e pedindo, ao beneditino Dom Orani que, junto a um outro beneditino, nomeado para a Arquidiocese de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, deflagrassem o processo para elevar Dom Helder às honras dos altares, como um santo brasileiro e nordestino. O apelo foi recebido com fortes e demorados aplausos, por simbolizarem um desejo latente no coração da maioria do povo brasileiro!

Tomara que assim seja e que não demore muito!



terça-feira, 4 de agosto de 2009

NO "DIA DO PADRE"


HOMENS - PADRES

Existem homens dotados de dons especiais,
capazes de uma profunda doação interior
por toda a vida.
Para servir aos outros
e cumprirem o juramento de fidelidade,
entregam sua juventude, seus sonhos...

Existem homens que também são pecadores...
Mas perseguem o ideal de santidade
e se capacitam para perdoar os que pecam.
Para viverem a vocação,
esses homens abandonam tudo
e se tornam missionários do amor de Deus,

Eles são PADRES.
Eles são predestinados.
Eles experimentam a capacidade de renúncia,
ao limite, talvez, do que suportariam
e fazem isso por amor extremo ao Pai,
que os quis apóstolos.

Eles são PADRES.
Eles são pessoas comuns,
especialmente dotadas de força e de firmeza,
vivendo seu sacerdócio
por amor extremo ao Pai, que os quis assim,
apesar dos apelos do mundo
e das tentações que chegam...

Por isso,
esses homens-padres,
merecem orações e homenagens,
para continuarem seguindo em frente,
na trilha que leva à realização pessoal
e que arrasta, pelo exemplo,
os que precisam tanto de sua Palavra,
de sua Força,
de sua Fé!