domingo, 31 de agosto de 2008

CURIOSIDADES DE FERNANDO DE NORONHA

Você sabia?

Que foi o frade francês Claude d´Abeville, integrante da esquadra de Daniel de la Touche, que ia conquistar o Maranhão, quem celebrou a 1ª Missa no arquipélago, em 1612?

Que a capela de Nossa Senhora da Conceição da Quixaba foi o segundo templo católico da ilha, construída na segunda vila erguida em torno dela e de um grande alojamento para presos de mau comportamento?

Que existem cinco diferentes denominações evangélicas em Fernando de Noronha, algumas delas com templos construídos e que isso só veio a ser permitido no século XX?

Que a dessalinização da água do mar minimizou o problema crônico que havia na ilha, de abastecimento d´água, quando somente as chuvas resolviam isso?

Que a área total do Parque Nacional Marinho é de 112,7km², nela estando incluídas parte da ilha principal, todas as ilhas secundárias e o mar, até onde tiver 50m de profundidade?

Que na Fortaleza dos Remédios ainda existem ruínas das “solitárias” usadas como castigo para os presos, nos período em que ela deixou de servir aos fins de defesa da ilha para abrigar prisioneiros e correcionais?

Que uma nova “casa paroquial” foi implantada na Vila dos Remédios, em 2006, restaurando-se para isso uma ruína que havia nas proximidades da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios?

Que o Memorial Noronhense foi inaugurado em dezembro de 1998, reunindo parte do acervo iconográfico sobre a ilha, resgatado desde 1974?

Que no tempo de presença de expedicionários da II Guerra Mundial na ilha, o cinema era no meio da praça da Vila dos Remédios, em frente à Igreja, com soldados sentados no declive da praça ou nas escadarias do templo?

Que as associações comunitárias e os grupos religiosos noronhenses mandem programas de rádio semanais, no Sistema Golfinho de Rádio e Televisão?

Que os fiscais do IBAMA fazem rigoroso controle de todos os lugares contidos no PARNAMAR/FN, inclusive no mar?

Que em tempos de chuvas intensas forma-se a “cachoeira do Sancho”, com as águas que descem pelo morro?

sábado, 30 de agosto de 2008

PORTUGAL


(Um poema que evoca minhas raizes portuguesas e todas as alegrias de tê-las encontrado, um dia!)

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Andei por entre os meus sonhos
povoados de lembranças
e de muitas alegrias
assim vivia à espera...

Chega um dia – e nesse dia –
eu me entreguei comovida
nas asas, na fantasia
daquilo que procurava...

Em braços que me esperavam
deixei quedar o meu corpo.
Em almas tão semelhantes
repousei meu coração.

E todo o sofrer da vinda
purificado surgia
num novo tempo que, em tempo,
um passado redimia...

.............................................

Agora, de pés fincados
no solo forte do tempo,
existo: tudo é real.

Das buscas que tanto ansiava,
das respostas que buscava,
renasce o meu Portugal!

(Publicado no meu 1º livro de poesias, "As muitas faces do Bem-Querer", 1981)

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

ESTRANHA ÁRVORE DO MONTE, EM OLINDA...



Não é uma árvore comum. Mas muitos poucos se apercebem disso. Mesmo os freqüentadores do secular Mosteiro de Monte, em Olinda, passam por perto e não notam a estranha árvore fincada nas proximidades da entrada do conjunto arquitetônico.

A história do lugar é curiosa... Diante do Mosteiro, muitas árvores davam sombra e embelezavam a área descampada, de onde se avistam as outras colinas dos sítios históricos olindenses... Entre elas, uma velha gameleira, bela e frondosa, foi se tornando nefasta às outras árvores que a rodeavam, porque suas raízes caminharam na direção de cada uma delas e as fizeram morrer, uma a uma.

Estranha “predação” essa que costuma acontecer nas cercanias de todas as gameleiras que, silenciosamente, vão “invadindo” árvores vizinhas e elas se acabam... Assim ocorreu com quase todas... Só uma resistiu: uma castanhola, bem próxima à entrada do Mosteiro, agüentou a intrusa e as duas foram se enroscando, unindo seus troncos e fazendo nascer folhas diferenciadas, que assinalavam ser aquela uma árvore híbrida.

Tempos mais tarde a gameleira apodreceu, caiu, permaneceu por muito tempo atravessada no caminho diante do Mosteiro, servindo de local de descanso de adultos e de brincadeiras de crianças, até serem retirados os seus vestígios.

TODOS, não. Restou a gameleira atrelada à castanhola, unidas de forma definitiva, com suas folhas de diferentes verdes e formas, lembrança daquele “abraço” ocorrido no passado, memória de uma árvore que já não existe mais.

Olhando a fusão daquelas árvores, penso na capacidade que tem o seu humano de ser assim unido, forte na procura e na aceitação, capaz de eternizar-se nas amizades, senhor e soberano do seu destino e capaz de fundir-se nas intrincadas senhas do querer aos outros...

Vá ver, no Mosteiro do Monte, em Olinda, esse exemplo tão bonito e tão pouco conhecido!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

DUAS FESTAS PLENAS DE FÉ!


Primeiro a festa eucarística foi na Sé-Catedral, em Olinda. Diante do túmulo do Profeta, Bispos, Padres e uma multidão de leigos rezaram cantaram e reverenciaram juntos Dom Helder Camara, relembrando os nove anos de sua partida para o Pai.

"Um nordestino, um profeta audaz, Dom Helder Camara, o Pastor da paz!", diziam os versos do Hino do centenário do seu nascimento e todos repetiam fervorosos... E as sábias palavra do autor, Padre Campos, ecoavam fortes, naquele templo cheio de gente e de carinho, de flores e de imagens que lembravam um pouco da vida deste homem abençoado.

Essa foi a Concelebração do dia 27 de agosto, data da sua "grande viagem".

Depois, uma outra festa foi ocorreu, na Igreja dos Salesianos no Recife, para dar graças a Deus pelos 25 anos de ordenação sacerdotal do Padre João Carlos Ribeiro, cantor e compositor pernambucano, provincial-superior da Ordem Salesiana no Nordeste.

Outros momentos de orações profundas, pedindo bênçãos para um padre que repete o seu "sim" cheio de vigor e de fé.Essa aconteceu em 28 de agosto, data da sua consagração a Deus!

Como participante dos dois momentos, agradeci a Deus pela vida e pela certeza da fé desses dois homens, um - na eternidade - recebendo o galardão de sua vida cheia de sabedoria e profetismo; o outro, moço e atuante discípulo, continuando a exercer sua vocação de artista, de educador, de missionário...

Minha Igreja se multiplica, se renova, se eterniza, em momentos assim!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

NOVE ANOS SEM O PROFETA...


Quem passou a vida experimentando o novo?
Quem avançou no tempo, em ações cada ousadas?
Quem guardou as marcas de amor ao homem e de bondade?

Foi ele, o Dom do amor. encantado....
Lá distante, junto ao Pai a quem serviu, fiel...

Foi ele, o Dom da vida,
Discípulo escolhido, vocação verdadeira...

Foi ele, o Dom da paz que, partindo,
nos deixou órfãos a todos...

Nove anos se passaram tão depressa...
É povoada de sonhos a nossa esperança
De que ele, no céu, já seja um santo.
Nenhuma dúvida sobre esse tempo novo,
Junto ao Pai que amou tanto e por toda a vida.

A saudade que permanece
De sua fiel e comovente presença ao nosso lado,
É a força que alimenta os sonhos
De um dia vê-lo, na honra dos altares!

Nesse dia, feliz dia, de coração em festa
E palmas de aclamação,
Louvaremos SÃO HELDER CAMARA,
o santo brasileiro,
de cara nordestina e dimensão universal!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

UMA CIDADE CORTEJADA PELO RIO...


Desde o começo, o lugar era chamado “porto dos navios”, numa alusão às águas fartas que banhavam aquele aglomerado de ilhas. Uma linha reta, de arrecifes, servia de barreira e de espaço reservado para acolher as embarcações que vinham através do oceano.

Serpenteando por essas ilhas desabitadas, estava o rio, que vinha de longe e trazia com ele restos arrancados nas margens por onde passava. Uma primeira dessas ilhas foi ocupadas, acolhendo negociantes, mascates, gente pobre, esperançosa de fazer das negociações constantes um meio de obter riqueza.

Um dia, a coragem franciscana atravessou o rio e foi estabelecer-se do outro lado, na 2ª ilha, trazendo a experiência vitoriosa de Olinda, onde se haviam implantados os frades no século anterior (século XVI). A ocupação se expandia para a outra margem daquele rio tão familiar, na evidente distribuição espacial que ganhava outros ares e se distanciava do porto.

Depois, vieram os holandeses. Desde a chegada, a situação plana das ilhas e a água sempre presente - que lhes era tão familiar na Holanda – gerou a decisão da ocupação oficial, tirando de Olinda o mérito de ser a cabeça daquela capitania próspera e rica.

Saindo os invasores, nunca mais restaurou-se a opulência da antiga capital, no crescimento que se deu, sempre seguindo o curso do rio, como um “caminho líquido” que levava a todos os cantos e facilitava o ir e vir dos homens.

Esse foi o começo, que se perde na memória dos tempos... Sempre foi o Rio Capibaribe, esse eixo de levar e trazer o povo do Recife. A “ribeira do mar dos arrecifes” tinha um diferencial em relação a outras vilas, porque seu chão se expandia entre águas e ilhas, numa simbiose perfeita e marcante.
.............................................

Pena que o progresso trouxe também os males que todos os aglomerados humanos produzem, enfeiando o rio em partes do seu curso, quebrando um pouco daquela beleza limpa guardada na memória... Ainda assim, este é o Recife, a “cidade-arquipélago” de que fala Gilberto Freyre, a terra do rio o “cão sem plumas”, como o quis o poeta João Cabral, a terra de muitos encantos e de beleza incomparável, desde sempre, cortejada que foi e que é por esse rio que vem de longe, para desaguar aqui.

Rio Capibaribe, marca de um Recife que se fez Capital de homens e de sonhos!

domingo, 24 de agosto de 2008

OFENSA


Há um passo a ser dado,
um gesto a ser feito,
uma mão a apertar,
para destruir a ofensa
que gera a mágoa e o desamor...

Não pode durar muito
um rancor dentro da alma.
Ele precisa ser efêmero e passageiro
para que o sofrimento que gera
não seja alimentado
pelo egoísmo dos que não crêem.

Há uma certeza para sobrepor-se
ao nosso limitado entendimento...
Há uma paz esmagadora
que se segue ao encontro que redime...
Há um regaço divino
para acolher nosso corajoso coração
no enorme instante em que diz:

Perdoa!”

(Publicado no meu livro "Cantando o Amor o Ano Inteiro", 1986, Edições Paulinas)

sábado, 23 de agosto de 2008

CERTEZA


Esses braços
que me envolvem,
fortemente,
desconhecem
o que podem
provocar...

E o mundo
de carinhos
que despertam,
não se acaba,
quando finda
o abraçar...

Para mim,
uma emoção
incontrolada,
faz-me ver,
além do abraço,
que gostar

é sentir-me,
nesses braços,
em segurança,
como um náufrago,
no porto
de chegar!

(Publicado no meu livro "No Silêncio do Coração", Editora CatolicaNet, São Paulo, 2006.)

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

CORDELISTA CANTA FERNANDO DE NORONHA EM VERSOS


É incrível como Fernando de Noronha fica impregnada na alma de quase todos aqueles que, por qualquer razão, tenham vivido ali, não importa o tempo de permanência. São artigos, livros, reportagens, depoimentos, que sinalizam essa paixão por um lugar, com pessoas dizendo-se “enfeitiçadas” por esse espaço inesquecível!

Assim aconteceu com a cordelista Gasparina Miranda, conhecida como “A pomba das Serras”, hoje moradora da cidade de Pombos/PE, que durante quase dez anos de sua vida morou e trabalhou na ilha, carregando estigmas de um tempo feliz e de um lugar que marcaria sua vida, para sempre.

Recebo, emocionada, cinco diferentes exemplares de Literatura de Cordel feitos por ela, todos resgatando e repetindo algumas das LENDAS fernandinas, no bom e jocoso estilo popular de poetizar... “O Gigante da Sapata” (que fala da figura do pescador mal-assombrado), “A Herança do Capitão Kidd” (que trata do pirata dos mares), “O Tesouro da Cigana” (que imagina uma cigana remanescente da remessa de todos os ciganos do Brasil para a ilha, no século XVIII), “O Reino da Alamoa Encantada” (que trata da mais famosa lenda noronhense, da sereia loura e sedutora) e “A Imagem do Capeta” (que não repete lenda e sim a figura de um dos comandantes do presídio, famoso pelas suas crueldades).

“O fantasma da errante rainha
Por sobre a ilha até hoje vagueia,
Nos altos dos montes, nas praias,
Entoando um canto de sereia.
Nas entranhas do Pico ainda ressoa
A voz magnética da Alamoa,
Buscando atrair amantes para sua teia.”

O mais importante para mim é ter ela registrado - em todos eles - a inspiração encontrada no meu livro “Fernando de Noronha – Lendas e Fatos Pitorescos”, que ela veio a conhecer trinta anos depois de ter deixado o Arquipélago, quando ali voltou na condição de turista...

Orgulho-me em saber que ela não esqueceu o lugar onde atuou como professora e teve seus filhos, como saber também que eu também não fui esquecida, professora dela que fui no primeiro curso que ministrei na ilha, nos idos de 1974, deflagrador de pesquisa que fez de Fernando de Noronha a causa da minha vida

Ilistração: capa dos cordéis de Gasparina Miranda

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Saudação a Dom Helder

(... nos seus 50 anos de sacerdócio, 1981)

Por tuas mãos
– hoje envelhecidas –
tantas vezes o Cristo se fez verdade,
no milagre diário do teu sacerdócio...

De tua voz
– pausada e doce –
brotaram inesquecíveis mensagens
nascidas do teu coração de pastor ardoroso...

De onde te vem essa força tamanha,
infinitamente maior que a tua aparente fragilidade?

De onde recolheste
esse gosto pelas coisas mais pequenas,
conduzindo teus conselhos por
caminhos nunca imaginados,
a descobrir a beleza de um cotidiano viver,
carregado de fecundos exemplos de vida e de fé?

Foi Ele, não foi?
Foi d´Ele que te veio essa ousadia de investir,
apenas com as armas do coração, do amor,
da crença definitiva, não foi?

Ah! Cinqüenta anos mais tivesses,
e não mudarias o gesto tão nosso conhecido
que te acompanha em cada palavra sábia,
nem calarias verdades que precisassem ser ditas,
ainda que doessem ou assombrassem o mundo...

Pastor, amigo, chefe espiritual, pai...
- Padre Helder, sempre –
diante de ti, frágil e pequenino,
curvamo-nos em filial reverência
e beijamos tuas mãos abençoadas
(um gesto que nem sempre permites)
para proclamar a alegria
destes teus cinqüenta anos de sacerdócio
destemidamente vividos,
como predestinado e escolhido amigo
daquele que te recebeu como apóstolo
e nos permitiu
– a nós, de Olinda e Recife –
a suprema felicidade de estar contigo
hoje e sempre.

Amado pastor, nós te saudamos!!!

NOTA:
Este poema tem 27 anos... Por anos a fio esteve afixado no Palácio dos Manguinhos, sede oficial do Arcebispado de Olinda e Recife, com a composição visual da Irmã Stela, do Mosteiro do Monte. Hoje, permanece na parede da Igrejinha das Fronteiras, onde viveu e morreu o querido Profeta, registrando os dias de infinita ternura, vividas ao lado daquele homem inesquecível!

A HISTÓRIA DESTE POEMA

Em 1981, Dom Helder comemorou 50 anos de sacerdócio. As festas duraram dez dias, iniciando-se no dia 06 de agosto, data em que Olinda comemoração o seu padroeiro, o Santíssimo Salvador do Mundo e encerrando-se no dia 16 de agosto, no maior ginásio de esportes do Recife, completamente lotado. O poema nasceu no meu coração, naqueles dias de festa... E, corajosamente, eu o entreguei ao aniversariante, cheia de emoção e carinho...

No dia seguinte à linda celebração, veio a surpresa maior... Dom Helder escolhia meu poema para declamá-lo na Rádio Olinda, onde mantinha o programa diário "Um Olhar sobre a Cidade", agradecendo com ele a todos que o haviam lisongeado com maniefestação as mais diversas.

Ouça aqui, na própria voz do inesquecível pastor de Olinda e Recife, a SAUDAÇÃO A DOM HELDER, acima transcrita, que viria a ser publicada no meu terceiro livro de poesias, "Cantando o amor o ano ainteiro", editado pelas Paulinas, em 1986.


quarta-feira, 20 de agosto de 2008

CURIOSIDADES DE FERNANDO DE NORONHA

VOCÊ SABIA?

ð Fernando de Noronha já se chamou “Pavônia”, no tempo da presença holandesa, século XVII? E que esse nome decorre da latinização do nome do arrendatário da ilha, Michel de Pawv?
ð Que em 2001 a UNESCO concedeu ao arquipélago o título de “Patrimônio Mundial Natural”, pela sua natureza excepcional?
ð Que o sistema Golfinho de Rádio e Televisão da ilha foi iniciado em 1982 e é, até hoje, um excelente meio de comunicação dentro da própria ilha, afora a reprodução de programas nacionais, que trazem o mundo para os noronhenses?
ð Que foi o frade capuchinho francês Claude d´Abeville integrante da esquadra de Daniel de la Touche, que ia conquistar o Maranhão, quem celebrou a 1ª Missa no arquipélago, em 1612, quando por ali passou?
ð Que a capela da Quixaba foi o segundo templo católico da ilha, erguido com construção precária ainda no século XVIII e restaurada quatro vezes?
ð Que existem cinco diferentes denominações evangélicas diferentes em Fernando de Noronha, afora o grupo católico e os grupos espíritas?
ð Que a dessalinização da água do mar minimizou o problema crônico de água potável que havia, quando somente as chuvas resolviam isso?
ð Que a área total do Parque Nacional Marinho é de 112,7km²? E que ela engloba parte da ilha principal, todas as ilhas secundárias e o mar, até onde tiver 50m de profundidade?
ð Que não há, registros de ataques de tubarão ao ser humano, na ilha? E que, por essa razão, os ilhéus costumam brincar dizendo que “os tubarões noronhenses são vegetarianos”?
ð Que na Fortaleza dos Remédios ainda existem ruínas das “solitárias” usadas como castigo para os presos, no longo em que ali funcionou um presídio comum?
ð Que uma nova “casa paroquial” foi implantada na Vila dos Remédios, em 2006, restaurando-se para isso uma ruína que havia nas proximidades da Igreja?

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

FOLCLORE






Quem é que balança
as cadeiras, gingando,
ao som do batuque,
ouvindo o ganzá?

Quem é que acende
o fogo de lenha?
Quem come pamonha,
quem faz munguzá?

Quem é que o barro
amassa com jeito,
fazendo boneco
que só falta falar?

Quem é que, trançando
o fio, a corda,
prepara os cestos,
faz os caçuá?

Quem é que, cantando,
cuida do trabalho?
Quem nina os filhos
e na “roda” girou?

Quem é que, com ervas,
cura as feridas?
Quem é que com cera
promessas pagou?

***************

É ele, o homem
do povo, da gente,
que a sabedoria
assim conservou.

É ele, o homem,
o bom brasileiro que,
sem o saber,
o folclore guardou!

Publicado no livro “Cantando o amor o ano inteiro”, Ed. Paulinas, 1986)

domingo, 17 de agosto de 2008

CURIOSIDADES DE OLINDA - OS TÚNEIS


Na canção “Ladeiras de Olinda”, vencedora do concurso “Uma canção para Olinda”, em 1982, a autora, Mirian Brindeiros fala dos “subterrâneos talvez imaginários”, referindo-se aos TÚNEIS que existiriam nos sítios históricos, ligando, principalmente, igrejas seculares ao seu entorno, como se fossem mesmo “túneis de fuga”, em caso de invasão.

No imaginário do povo, os túneis de Olinda renascem, com seus mistérios, suas histórias fantásticas, sua crua beleza, até onde foi possível percorrê-los.

Para o grande e saudoso historiador José Antônio Gonsalves de Melo, os túneis seriam apenas “passagens ou galerias subterrâneas para escoamento das águas de chuvas”. E esses espaços escondidos seriam ramificações no solo olindense, para evitarem acúmulo de água no solo e conseqüente desmoronamento dos espaços históricos. Para Dom Hildebrando Melo, monge beneditino, também de saudosa memória, estudioso da história e das curiosidades olindenses, “negar a existência dos túneis seria uma atitude anticientífica”, sendo muito mais lógico avaliar as evidências que são muitas, nessa terra plantada em sete colinas e povoadas de igrejas, todas pretendendo ter “saídas alternativas”, no caso de serem molestadas..

O mistério permanece. Iniciativas foram tomadas em busca desses caminhos encobertos pelo solo e pelo tempo. A primeira procura sistemática e oficial ocorreu em 1939, com um grupo de especialistas autorizado pelo Governo do Estado para efetuar escavações. As áreas identificadas foram se sucedendo, surgindo também grupos autônomos que procuravam túneis, mesmo sem o registro oficial.

A imaginação popular ampliava cada vez mais a certeza da existência dos famosos túneis de Olinda, surgindo então, em 1957, a Associação de Pesquisas Subterrâneas de Olinda, fundada pelo construtor Mário Aguiar, que trabalhou muito, escavando e registrando esses “caminhos escondidos”, com a contribuição de diversos profissionais liberais e a orientação do “guia” Hermógenes Monteiro, que vivera, quando menino, aventuras nas emaranhadas passagens subterrâneas. As atividades dessa Associação foram interrompidas em meados de 1960.

Dessas iniciativas ficou a certeza de que haveria muito mais a descobrir, a percorrer, a identificar. Perduram na memória dos mais velhos a crença de que túneis foram abertos a partir do Mosteiro de São Bento, do Convento Franciscano olindense, da antiga Cadeia Eclesiástica (hoje, Museu de Arte Contemporânea), da Igreja da Graça do Real Colégio dos Jesuítas (hoje, Seminário de Olinda) e, o mais famoso dele, partindo da Igreja de N. Sª do Rosário dos Homens Pretos, que segue em direção à Bica do Bonsucesso, localizada exatamente por trás da Igreja.

Este último foi revisitado em 1996, quando da realização das obras de restauração do templo, período em que encontrou-se no templo uma rara pintura com motivos africanos, no arco-cruzeiro do altar-mor e na sacristia. Na mesma época a arqueologia localizou, junto a um dos altares laterais da igreja, uma saída que parecia ir dar na Bica do Rosário. Conhece-se, pois, a possível entrada do túnel; sabe-se onde está a saída, junto à Bica. O que ainda não pode ser feito foi a limpeza e consolidação total do estranho caminho, para confirmar aquilo que a voz do povo apregoa há tanto tempo.

Quem sabe Mirian Brindeiros não tem razão, ao cantar os tais “subterrâneos talvez imaginários” que canta na sua singela e bela canção “Ladeiras de Olinda”???


sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Agosto - um mês para relembrar Dom Helder Camara

Foi em agosto que ele se tornou padre, pelas mãos do Arcebispo de Fortaleza, Dom Manoel da Silva Gomes, aos 15 de agosto de 1931, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, do Seminário da Prainha, em Fortaleza/ CE. Tinha apenas 22 anos e meio e, para receber o presbiterato, precisou de uma ordem especial vinda do Vaticano.

Para lembrar essa data, a comissão "Rumo ao Centenário de Nascimento de Dom Helder Camara" programou um evento especial, que contará com padres, amigos e admiradores de Dom Helder: uma celebração marcada para o dia15 de agosto, às 19h30, na Igreja do Bom Pastor, na sede da CNBB - Regional Nordeste 2, no Recife, que será presidida pelo Bispo de Sobral, Dom Fernando Saburido, ex-Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Olinda e Recife.

Em 1981, Dom Helder comemorou 50 anos de sacerdócio. As festas duraram dez dias, iniciando-se no dia 06 de agosto, data em que Olinda comemoração o seu padroeiro, o Santíssimo Salvador do Mundo e encerrando-se no dia 16 de julho, no maior ginásio de esportes do Recife, complentamente lotado. Um poema nasceu no meu coração, naqueles dias de festa... E, corajosamente, eu o entreguei ao aniversariante, cheia de emoção e carinho...

No dia seguinte àquela linda celebração, veio a surpresa maior... Dom Helder escolhia meu poema para declamá-lo na Rádio Olinda, onde mantinha o programa diário "Um Olhar sobre a Cidade", agradecendo com ele a todos que o haviam lisongeado com maniefestação as mais diversas.

Ouça aqui, na própria voz do inesquecível pastor de Olinda e Recife, a SAUDAÇÃO A DOM HELDER, que viria a ser publicada no meu terceiro livro de poesias, "Cantando o amor o ano ainteiro", editado pelas Paulinas, em 1986.

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domingo, 10 de agosto de 2008

DUAS FRASES DE DOM HELDER CAMARA


"Quem me dera
ser leal,
discreto
e silencioso
como a minha sombra."

(Helder Camara)

*******************
"Basta que
um botão erre de casa
para que o desencontro
seja total."
(Helder Camara)

sábado, 9 de agosto de 2008

O 10 DE AGOSTO EM FERNANDO DE NORONHA


505 anos de descoberta para o mundo. Fernando de Noronha tem quase a idade do Brasil...

Foi em 10 de agosto de 1503 que Américo Vespúcio, integrante da 2ª Expedição Exploradora, de Gonçalo Coelho, aí desceu, após o naufrágio da nau capitânea. Descreveu-a em carta. E ela apareceu na história dos homens.

Mais tarde, em 1504, foi ela o Arquipélago doado, ao fidalgo Fernão de Loronha, financiador da expedição, como 1ª Capitania Hereditária no Brasil, jamais ocupada por esse donatário.

Por mais de dois séculos, foi abordada por muitos povos, ocupada no século XVII por holandeses (que a chamaram “Pavônia”) e no século XVIII por franceses (que a rebatizaram de “Ile Delphine”), afora outros, que a predaram, levando tartarugas, madeira para barcos, água doce, ovos de aves, frutas, etc...

Em 1737 aconteceu a definitiva ocupação por Portugal, através da Capitania de Pernambuco. Surgem as dez construções, do “maior sistema fortificado do século XVIII no Brasil” – Cria-se o Presídio Comum, para presos de longas penas, sendo a mão-de-obra que ergueu todo o patrimônio edificado. Adota-se, como medida disciplinar, a derrubada da vegetação original, para evitarem-se fugas e esconderijos de presos, alterando o seu meio ambiente. A União se apossa e cria aí -de 1938 a 1942 -, um Presídio Político. Torna-se Território Federal Militar, em 1942. Abriga o Destacamento Misto de Guerra e a Marinha norte-americana, na a II Guerra Mundial. De 1942 a 1988 a ilha foi administrada por militares e pelo MINTER, estando hoje, por força da Constituinte, reintegrado ao Estado de Pernambuco, como Distrito Estadual. e coexistindo com o Parque Nacional Marinho, criado no mesmo ano da reanexação,

A festa do 10 de agosto é o 1º registro de existência oficial da ilha, como uma CERTIDÃO DE NASCIMENTO... Em 2003, com grandes festejos, que duraram um ano, comemorou-se os “500 DE FERNANDO DE NORONHA”., sendo o Arquipélago o 1º lugar a comemorar 500 anos, depois do próprio Brasil.

E chegamos a um novo 10 de agosto, com a alegria de comemorar, com festas, esses 505 anos de história, do qual somos participantes!

Parabéns, FERNANDO DE NORONHA!!!


SER CHAMADO DE PAI





Um dia, teu coração quis conhecer
as alegrias da perpetuação do teu nome...
Por amor, esse desejo que era sonho,
ganhou forma, marca, esperança,
quando nasceram teus filhos...

Foste companheiro dessas crianças que cresciam,
tão semelhante a ti, nos traços familiares,
criadores de momentos absolutamente felizes
e de preocupações constantes
corajosamente administradas...

Por eles, um dia,
foste digno de ser chamado PAI,
honra maior para o homem que,
à semelhança do Criador e por dom d´Ele recebido,
foi capaz de gerar a vida...

Recebe, pois,
no DIA DOS PAIS,
as homenagens merecidas,
dos filhos que celebram e agradecem
aquilo que receberam de ti,

como participante que és do milagre da criação!

Parabéns, papai!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

FERNANDO DE NORONHA - A DESCOBERTA


De longe,
ela é um pedacinho muito verde
aparentemente perdido
em meio a lindos tons de azul...

Quando a gente se aproxima,
acontece o inevitável deslumbramento
diante da beleza que magoa
– por ser tamanha!

Aos poucos,
sua luminosidade de verão
castiga os nossos olhos mal acostumados
e queima o nosso coração
no ardor da descoberta afetiva...

Aos poucos,
o barulho ensurdecedor da onda
abafa em nossos ouvidos
todos os ecos retidos
e explode nossa emoção
com o sabor diferente
da entrega absoluta!

E os seus recantos dourados
vão-se infiltrando, alma a dentro...

E as suas areias escuras
vão deixando em nós, rastros profundos...

E as suas elevações de pedra,
talhadas ao sabor dos ventos e das águas
- como numa tela –
passam a povoar nossos sonhos e nossa vida,
fazendo ai sua morada definitiva!

...................................................................

Assim eu vi,
descobri
e amei... FERNANDO DE NORONHA
(Publicado no meu livro "As muitas faces do bem-querer", 1981)

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

AGOSTO - UM MÊS PARA RELEMBRAR DOM HELDER CAMARA


Foi em agosto que ele se tornou padre, pelas mãos do Arcebispo de Fortaleza, Dom Manoel da Silva Gomes, aos 15 de agosto de 1931, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, do Seminário da Prainha, em Fortaleza/ CE. Tinha apenas 22 anos e meio e, para receber o presbiterato, precisou de uma ordem especial vinda do Vaticano.

Foi em agosto em ele partiu para a Casa do Pai, depois de viver uma longa vida de noventa anos, nascido que fora em 1909. Na noite de 27 de agosto ele partiu, na modesta casa em que vivia, nos fundos da Igreja das Fronteiras, no Recife, onde quis morar, ao invés de ocupar o palácio episcopal da Arquidiocese de Olinda e Recife. Um cortejo a pé fez o trajeto de mais de seis quilômetors, para levá-lo à sua úiltima morada, na Igreja da Sé, em Olinda, Catedral do Arcebispado. São noe anos dessa sentida perda.
Para lembrar as datas, a comissão do programa "Rumo ao Centenário de Nascimento de Dom Helder Camara" programou eventos que contarão com presenças importantes, na presidência das celebrações:

* Dia 15 de agosto - Concelebração na Igreja do Bom Pastor, na sede da CNBB - Regional Nordeste 2,no Recife, às 19h30, presidida pelo Bispo de Sobral, Dom Fernando Saburido, ex-Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Olinda e Recife.

* Dia 27 de agosto - Concelebração na Igreja da Sé, em Olinda, Catedral do Arcebispado de Olinda e Recife, onde ele está sepultado, às 19h30, presidida pelo Arcebispo, Dom Valdir Calheiros, Arcebispo Emerito de Volta Redonda.

Acontecerão, ainda, dois eventos em agosto, ligados ao saudoso Arcebispo Emérito de Olinda e Recife:

1. A Jornada Teológica Dom Helder Camara, nos dias 28 e 29 de agosto, a ser realizada na Faculdade de Filosofia do Recife - FAFIRE, às 19h, tendo como tema "Igreja de Medelim-Aparecida - Avanço ou Retrocesso".
A 1ª noite (dia 28) será conduzida pelo Historiador do CEHILA, Eduardo Hoornaert. O momento cultural será com danças folclóricas, do grupo de danças do bairro do Coque, no Recife
A 2ª noite terá o comando de Frei Aloisio Fragoso, do Convento Franciscano de Olinda e, no momento cultural, será encenado o texto - "O encontro com Dom Helder e São Francisco no céu".
Os participantes são convidados a doar alimentos não pereciveis e roupas para os idosos. da Associação da 3º Idade do Coque.

2. A 5ª Peregrinação Cearense, em visita ao túmulo de Dom Helder Camara na Igreja da Sé, que trará mais de cem pessoas de Fortaleza/CE a Olinda e Recife, nos dias 29, 30 e 31 de agosto, realizando visitas a locais que marcam a caminhada de Dom Helder na igreja, como a casa onde ele viveu e morreu, a catedral da Sé (onde será celebrada a missa para os peregrinos, diante do túmulo) e outros locais importantes das duas cidades. A coordenação dessa atividade é da Área Pastoral N.Sª das Graças do Parque Genipabu, Fortaleza/CE, sob a liderança do Padre Sá.

Dom Helder fez por merecer tantas homenagens!!!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

UM PASSEIO TURÍSTICO PELO RECIFE


No começo, apenas uma vila de pescadores e mascates, que guardavam mercadorias vindas do Reino. Era o "Porto de Olinda", ou o “Porto dos Navios”... Em canoas, tudo era levado para a opulenta Vila d´Olinda, onde viviam os nobres, os clérigos e o povo. Essa vila cresceu. Multiplicaram-se os ganhos. Moradias foram sendo melhoradas. Essa foi a situação existente na segunda metade do século XVI e começo do século XVII, até a chegada dos holandeses.

Possivelmente desgostosos com a topografia de Olinda, acidentada, com a qual não tinham nenhuma familiaridade, os invasores incendiaram-na, levando pedras para construírem no "Porto dos Navios" ou "Ribeira do Mar dos Arrecifes" que, no chamado "período nassoviano", viu-se escolhida para ser a Mauriciópolis, recebendo arquitetos, artistas plásticos, cientistas e tantos outros colaboradores que, pouco a pouco, modificaram a fisionomia urbana daquele núcleo.

Recife cresceu assim: aterrando mangues e margens dos rios, vendo surgirem pontes, recebendo castelos e espaços para soldados como um favor do Governo Holandês, entre tantas medidas.

Expulsos os invasores, jamais Olinda voltaria a ter de volta sua opulência perdida... E o Recife continuou a crescer, a ponto de ser, em 1827, elevado à condição de CAPITAL DE PERNAMBUCO.

UM PASSEIO TURÍSTICO VENDO O MAIS SIGNIFICATIVO NA CIDADE:

Bairro do Recife antigo – Aí começou a povoação, junto ao arrecife natural de onde herdou o nome... É uma ilha, com casarões seculares onde estava a vida boêmia até a década de 1970, quando começou sua revitalização e transformação em centro de lazer e de turismo. Modernamente, seus arrecifes receberam colunatas projetadas e confeccionadas pelo ceramista Francisco Brennand.

Ponte Maurício de Nassau – originalmente, foi a 1º ponte em madeira sobre o rio Capibaribe, inaugurada pelo Conde Maurício de Nassau em 1640, com recursos de uma campanha que ganhou o nome popular de “boi voador”. Outras reconstruções foram feitas através dos tempos. Em 1865, ganhou arcos de ferro, mais tarde demolidos. Na última reconstrução, em 1917, ganhou 4 estátuas de bronze nas suas cabeceiras, com placas comemorativas. É o principal acesso entre as ilhas do Recife e de Santo Antônio.

Praça da República – a mais bonita praça do Recife, no local onde Maurício de Nassau fez um jardim, diante do Palácio Friburgo. Nela estão situados o Palácio do Governo (Palácio do Campo das Princesas, residência oficial do Governador do Estado), o Teatro de Sta. Izabel, o Palácio da Justiça e um majestoso baobá..

Convento de Sto. Antônio - Situado na Ilha de Antônio Vaz, a 2ª ocupada no centro do Recife, abrigou a Ordem Franciscana desde o começo do século XVII. Tomada pelos holandeses, em 1630, serviu de moradia para os invasores. No conjunto de Igreja, claustros e capelas, destaca-se a Capela Dourada, em talhas de madeira banhada a pó de ouro e azulejos portugueses.

Igreja da Conceição dos Militares – Construída em 1772, em madeira e ouro, pelo arquiteto pernambucano João de Deus Sepúlveda, é em estilo barroco-rococó e nela se encontra um painel, abaixo do coro, com a BATALHA DOS GUARARAPES.

Teatro de Santa Izabel – datado de 1580, em estilo neoclássico, foi construído pelo engenheiro francês Vouthier e está localizado na praça da República, próximo ao Palácio-residência oficial do Governador do Estado.

Praça do Carmo / Av. Dantas Barreto – em frente à Basílica do Carmo (da padroeira da cidade), iniciada em 1687 e concluída em 1767, , É um dos mais belos templos da cidade, com festa entre 06 e 16 de julho. Possui um belo altar-mor e 8 altares laterais, todos diferenciados. Possui ainda convento, igreja da Ordem Terceira Carmelita, hospedaria, sala de conferências e clausura dos frades.

Igreja de São Pedro dos Clérigos – Monumento erguido a partir de 1759, é a Co-Catedral do Arcebispado de Olinda e Recife e um belo exemplar do barroco setentista, numa nave octavada...

Basílica de N.Sª da Penha - Muito semelhante às igrejas italianas, em estilo conríntio, possui afrescos de Murilo la Grecca, retratando os 4 evangelistas. Altares em mármore, cúpula prateada e rosetas douradas enfeitam esse templo, de 1870, onde está o túmulo de Dom Vital, Bispo de Olinda, perseguido pelas suas posições contra a Maçonaria. É administrado por frades capuchinhos.

Mercado de São José – Erguido em 1872, copiando um famoso mercado de Grenoble, na França, hoje desaparecido. É um dos mais importantes pontos de compra e venda para o povo.

Forte das Cinco Pontas / Museu da Cidade do Recife – Construído em taipa, antes da invasão holandesa, para defender o lugar onde havia água para beber (as cacimbas de Ambrósio Machado). Foi remodelado e ampliado pelos holandeses, em 1630, com o formato de estrela de cinco pontas, vindo daí o seu nome. Na reconstrução, após a expulsão dos invasores, duas das suas pontas foram reunidas em uma só, modificando-lhe a forma original, permanecendo, no entanto, o nome antigo. Nele funciona o Museu da Cidade do Recife.

Casa da Cultura – antiga cadeia do Recife, construída por Mamede Ferreira, serve hoje ao turismo, com vende de produção artística e artesanal. Tem estrutura de ferro e edifício na forma da rosa dos ventos.

Igreja de N.Sª da Assunção das Fronteiras (da Estância de Henrique Dias) – Templo barroco, erguido após a capitulação holandesa, nas “fronteiras” da estância do herói negro Henrique Dias, onde seu “Batalhão do terço” esteve acantonado. Foi este o lugar escolhido por Dom Helder Camara, para ser usado como residência, vivendo ele aí até sua morte. Abriga hoje o Memorial Helder Câmara.

Fundação Joaquim Nabuco – instalada em 1949, em um casarão colonial, azulejado, é um dos mais importantes centros de pesquisas do Brasil. Ao seu lado, está o Museu do Homem do Nordeste, com jardins de grande diversidade de árvores nativas e painel de Francisco Brennand, mostrando um canavial, Adornado com carro-de-boi, arado de pau, bonde, maxombomba e outros elementos tipicamente pernambucanos, é um espaço de divulgação do nordeste.

Espaços dos Brennand:
· Museu-Atelier Oficina Cerâmica Brennand, instalada na propriedade em ruínas da Cerâmica São João da Várzea, fundada pelo seu pai em 1917 e desativada desde 1945. Possui um surpreendente ambiente de exposição em antigos galpões, com peças de altíssimo nível de criação em cerâmica, num ambiente surpreendente, na Várzea, a 16Km do centro do Recife, à beira do Rio Capibaribe, cercado da exuberante mata atlântica.
· Castelo e área expositiva do Instituto Ricardo Brennand , que abriga museu, pinacoteca, biblioteca e outros espaços culturais. Expõe coleções e obras de arte, das mais diferentes procedências e épocas, adquiridas durante cinqüenta anos por seu criador, inclusive uma das maiores coleções de armas do mundo, com cerca de 3.000 peças






segunda-feira, 4 de agosto de 2008

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ORAÇÃO DE AMOR NO "DIA DO PADRE"

Hoje eu quero rezar, Senhor,
por alguns homens especiais,
que nada têm a mais,
que todos os Teus outros filhos...

Quero rezar por homens corajosos,
que largaram tudo, que arriscaram muito,
ao ouvir o Teu chamado...
Que abandonaram a segurança de suas casas
e puseram-se a caminho, ainda que cheios de medo.
Que se fizeram surdos aos apelos do mundo
e vestiram-se com a couraça da renúncia,
para a entrega que seus corações pedia.
Que vislumbraram uma tênue luz, ao longe,
na estrada por onde se embrenharam
e acreditaram que, caminhando para ela,
haveriam de sabê-la fortemente acesa,
capaz de envolvê-los completamente
da claridade que nasce da certeza,

Hoje eu quero pedir, Senhor,
por esses homens comuns, no corpo e na alma,
tão semelhantes a milhares de outros homens,
mas que possuem uma marca, um sinal,
uma destinação honrosa e necessária!

Quero pedir por esses homens despojados,
que se fizeram pobres, em busca da riqueza celeste,
assumindo compromissos nada compreensíveis,
pelo tanto que precisaram abrir mão,
pelas aparentes perdas a que foram levados...

Quero pedir por esses vitoriosos homens,
capazes de despojarem-se de suas covardias
e se entregarem absolutamente certos
de que o Teu regaço de Pai os transformaria
em Pastores de almas e de sonhos.

Quero pedir por esses homens de todo o mundo,
que renunciaram às alegrias da família constituída,
para adotarem, no coração, os filhos dos outros como seus
e usaram seus cajados para orientá-los,
em todos os caminhos e com todo o amor possível!

Hoje, Senhor, eu quero rezar
muito especialmente e com toda a gratidão,
pelos Teus PADRES, pelos Teus PASTORES.
e pedir por esses homens que - em um dia abençoado -
foram capazes de dizer SIM, para sempre!
Amém.

(contido no meu livro "No silêncio do coração" - Ed. Catolicanet/ SP)

domingo, 3 de agosto de 2008

03 DE AGOSTO - DIA DO CAPOEIRISTA



Dança, luta, acrobacia e jogo. Capoeira é um pouco de tudo isso... O praticante é atleta, bailarino, músico e poeta a serviço da perpetuação da cultura brasileira.

Hoje, dia 03 de agosto, é comemorado o DIA DO CAPOEIRISTA, homenagem merecida, principalmente depois que a Capoeira foi reconhecida como Patrimônio Cultural Brasileiro, título concedido pelo IPHAN, no dia 15 de julho próximo passado.

A vida de quem pratica a capoeira nem sempre foi fácil... Os capoeiristas já foram considerados “desordeiros e contraventores da Lei”, no Brasil... Tanto que, em 1890, dois meses depois da proclamação da República, o primeiro ato do presidente recém-empossado foi prender todos os praticantes de capoeira e envia-los para Fernando de Noronha, onde existia um uma espécie de "presídio de segurança máxima”.
Hoje a modalidade é praticada em todo o Brasil e em muitos outros países, como um esporte ou uma arte originária do nosso País. Temos, portanto, razões de sobre para parabenizar todos os praticantes – instrutores e estudantes – da Capoeira, neste dia especial, DO CAPOEIRISTA!

sábado, 2 de agosto de 2008

CRIANÇA ESCONDIDA


A criança que guardo no peito
festeja a aurora comigo;
alegra-se com cantos e cores;
se entrega: não teme castigo...

A criança que trago escondida
disfarça-se em gestos adultos;
é séria, sisuda e, por vezes,
revida, dos homens, o insulto...

A criança que escondo, trancada,
aflora, quando estou sozinha;
dá saltos; tem risos, em graça;
renova-me, por dentro, inteirinha...

A criança que abafo, na vida,
não gosta de ver a maldade;
não luta, senão pelo certo;
não quer, senão felicidade!

(Do livro meu “No silêncio do coração”, Ed. Catolicanet/SP

CURIOSIDADES DE FERNANDO DE NORONHA

Continuamos a falar das curiosidades noronhenses...

VOCÊ SABIA?


· Que a ilha Rata (ilha secundária) é a segunda em tamanho no Arquipélago e foi usada, no passado, para isolar prisioneiros perigosos? E que ela é revestida de “guano” (fosfato de cálcio), resultante do depósito de excremento de aves marinhas, solidificados?

· Que em 1888, o Padre Francisco Adelino de Brito Dantas descobriu uma fonte de água de excelente teor, imortalizando-se no nome da praia das proximidades, que passou a ser chamada “praia da Cacimba do Padre”?


· Que a ilha foi doada ao fidalgo português Fernão de Loronha, por ter sido ele o financiador da expedição que chegou à ilha, em 1503?


· Que o naufrágio do navio grego Eleani Stathatos, em 1929, no porto de Sto. Antônio, fez com que a população livre e prisioneira da ilha retirasse dele tudo o que tivesse serventia, ao longo dos 17 anos em que ele foi lentamente ao fundo?

· Que somente em 1824, soube-se em Fernando de Noronha que o Brasil já era independente de Portugal, desde 1922? E que durante esses dois anos, foi hasteada a bandeira de Portugal, no alto da Fortaleza dos Remédios?


· Que o “Pá-buf” é uma bebida feita com álcool, suco de fruta e cravo, “inventada” pelos presos por causa da proibição de bebidas alcoólicas na ilha? E que o álcool usado era – quase sempre – roubado do hospital?


· Que o autor do “Hino de Fernando de Noronha”, Coronel Gercy Teles de Menezes, foi para a ilha como intérprete dos americanos que faziam o rastreamento de mísseis teleguiados? E que, apaixonado pelo lugar, compôs a valsa "Saudades de Noronha", que veio a ser um dos símbolo oficial do Arquipélago?

· Que a “Regata Oceânica Recife - Fernando de Noronha – REFENO”, aconteceu pela primeira vez em 1988, completando agora vinte anos e que dela participam sempre veleiros de vários estados brasileiros, e até de outros países?


· Que em 12/10/1983 a Corveta B-17, que abastecia a Ilha, bateu na Ponta da Sapata e naufragou, sendo este o último naufrágio registrado em Fernando de Noronha e um dos locais mais procurados para mergulhos?

· Que desde 1990 acontecem, todos os anos, temporadas regulares de cruzeiros marítimos que incluem Fernando de Noronha em seus roteiros? E que o pioneiro nessa prazerosa atividade foi o navio Funchal?


sexta-feira, 1 de agosto de 2008

DIA ESTADUAL DO MARACATU



1º de agosto: nascia Luiz de França, o lendário Mestre do Maracatu Leão Coroado, eleito pelo Governo como “Patrimônio Vivo de Pernambuco”... Em sua homenagem, a Lei nº 11.506, de 22/12/1997 instituiu esse dia como o DIA ESTADUAL DO MARACATU. São 10 anos de valorização da cultura do Estado, conferindo ao maracatu, o direito de ter uma data especial para celebrar.

O MARACATU é uma das expressões artísticas mais antigas e tradicionais de Pernambuco, repassado pelos mais velhos para as gerações que vão surgindo, garantindo sua sobrevivência através dos tempos. Dizem os estudiosos que o registro mais antigo sobre ele data de 1711 e fala de uma apresentação artística de escravos, expressando-se em linguagem de teatro, música e dança.

Manifestação cultural afro-indígena nascida em Pernambuco, o Maracatu celebra os séqüitos dos Reis africanos, arrancados de sua terra para viverem na condição de escravos no novo mundo. Dançando, os negros cultuavam seu povo e suas crenças. É, portanto, uma manifestação religiosa e profana dos rituais africanos.

Existem dois tipos de MARACATU, classificados de acordo com o ritmo que produzem e a forma como se vestem:

O Maracatu de Baque Virado, também chamado de “Maracatu Nação”, que tem uma forte percussão, produzida por alfaias, caixas, taróis, ganzás e gonguês e segue um séqüito real, com o Rei e a Rainha abrigados sob o pálio, a Dama-do-Paço e as baianas formando o cortejo.

O Maracatu Baque Solto, também denominado “Maracatu Rural”, se caracteriza pela presencia dos Caboclos de Lança, personagem-símbolo da cultura pernambucana, com suas golas profundamente bordadas e chocalhos colocados nas costas, sob a gola, dançando de forma rápida, ao som de chocalhos, surdos, cuícas e instrumentos de sopro.

Por muitas épocas o MARACATU foi rejeitado pelas classes média e alta. Havia preconceito contra a manifestação carnavalesca, algo que foi sendo superado. Hoje é admirado e valorizado nas suas apresentações, sendo inclusive incluído nos conteúdos escolares, com orgulho dessa tradição tão bonita.

Saudemos o MARACATU, neste dia a ele dedicado!